Projetos estratégicos das Forças Armadas são cruciais para a proteção da Amazônia
De acordo com o Subchefe de Política e Estratégia do Ministério da Defesa, General de Divisão Ricardo Canhaci, o Ministério da Defesa está desenvolvendo um plano estratégico de defesa, ou seja, uma projeção do que as Forças Armadas deveriam obter e ser nos próximos 20 anos.
“Poucos países no mundo têm Plano Estratégico de Defesa porque é complexo de se estruturar. Mas o governo atual deseja ter um plano até 2040. Ele está de acordo com o artigo 142 da Constituição Federal e com a Lei Complementar 97. No próximo dia 30 de novembro, de forma antecipada, vamos encaminhar para a Casa Covil, de forma que o Presidente da República possa assiná-lo”, adiantou.
Para o Chefe do Estado-Maior do Exército, General de Exército Braga Netto, duas ferramentas são cruciais para a proteção da Região Norte: a Amazônia Protegida e o Sistema Integrado de Monitoramento da Fronteira (SISFRON). O programa Amazônia Protegida visa ampliar a capacidade operativa da Força Terrestre e das agências na Amazônia. Por isso, o Exército está passando por uma reestruturação para ter logística sustentável, segurança energética e uma Amazônia conectada. Já o SISFRON dota as Forças Armadas dos meios necessários para garantir a efetiva presença do Estado nas áreas de interesse do território nacional, em particular, na faixa de fronteira. “O SISFRON é importante para o sensoriamento, apoio à decisão e apoio à operação. O Sistema garante o monitoramento, o controle e a presença do Exército em toda extensão de fronteira. Ele oferecerá mobilidade para as Forças de segurança e defesa, capacitação tecnológica e autonomia industrial”, disse o General.
O Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Newton Costa Neto, destacou dois projetos estratégicos em especial, da Marinha do Brasil: o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz). O primeiro inclui a construção de quatro submarinos convencionais e um submarino com propulsão nuclear, ao passo que o segundo visa aumentar a eficiência na fiscalização e nas patrulhas navais nas Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB). “Devemos fazer a negação do uso do mar e ter o controle da área marítima da Amazônia Legal, de acordo com a Estratégia Nacional de Defesa”, lembrou o Almirante.
Por outro lado, o Chefe do Escritório de Governança Executiva do Estado-Maior da Aeronáutica, Brigadeiro do Ar Paulo Ricardo Laux, elencou os principais desafios para a Força Aérea implementar seus projetos estratégicos. “Temos que garantir a soberania nacional, prestar ajuda humanitária, combater os crimes transfronteiriços, estar preparados para os decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e também ser capazes de atuar nos conflitos regionais”, ponderou o Brigadeiro.
Além de incorporar o I Seminário de Defesa e Proteção da Amazônia e o III Seminário Internacional de Operações na Selva, a Amazon Security & Defense Exhibition teve o propósito de exibir produtos, tecnologias, sistemas e serviços de defesa. A mostra de materiais e tecnologias de defesa serve de incentivo para a indústria de defesa nacional e internacional. Possibilita a integração entre as Forças Armadas, Organizações de Segurança Pública, Órgãos e Agências de Estado e a indústria.
Por Capitão-Tenente Fabrício Costa
Fotos: Cabo Max
Assessoria de Comunicação Social (ASCOM)
Ministério da Defesa
O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.