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Texto do Lusival Santos Gaspar Dutra publicado na PG do dia 20/10/2019

A SÉTIMA CHANCE

“Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.” (João 4.16-18)

Quando percorremos as páginas das Escrituras Sagradas, de Gênesis a Apocalipse, encontramos diversas passagens em que o número sete assume um certo destaque. Assim, por exemplo, a obra da criação foi concluída no sétimo dia, no qual descansou o Criador, que o abençoou e o santificou; por sete anos trabalhou Jacó para Labão, ao fim dos quais recebeu Lia como esposa, e, por mais sete, labutou para poder casar-se com Raquel.

Após José tornar-se governador do Egito, houve sete anos de fartura e boa colheita; depois, vieram sete anos de seca e fome sobre a terra. Sete demônios foram retirados de Maria Madalena nos tempos de Jesus. Enfim, são muitas as situações em que o número sete é referido na Bíblia, cabendo ressaltar ainda que o livro de Apocalipse parece apropriar-se mais decididamente do numeral: sete igrejas, sete cartas, sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete trombetas, sete trovões, sete flagelos, etc.

Porventura, haveria na Escritura algum aspecto místico em torno do número sete? Em princípio, diríamos que não. Quando é citado, geralmente assume a ideia de perfeição, como na indagação de Pedro a Jesus: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?” (Mateus 18.21). Noutras ocasiões, tem uma natureza simbólica ou alegórica, como nalgumas referências feitas pelo Apocalipse.

No trecho bíblico selecionado para reflexão, Jesus declara que a mulher samaritana já tivera cinco maridos. Provavelmente, tenha sido repudiada por todos ou, de repente, tenha ficado viúva de algum deles. A samaritana já estava no sexto relacionamento amoroso, esse último em adultério. Com muito amor, discrição e compaixão, o Mestre revela à mulher o pecado dela e a perdoa, convidando-a para um novo relacionamento, o sétimo, em amor verdadeiro, que mudaria por completo sua vida, seus sonhos e suas esperanças.

Mesmo sem saber, ela estava diante da sua sétima chance de vida: Jesus Cristo, o Messias! Desiludida, estava à procura do homem para a redenção da sua vida. Por isso que perguntou a Jesus: “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas.” (João 4.25)

Em resposta, nosso Mestre revelou o que há de mais precioso ao homem: “Eu sou o Messias, eu que estou falando com você” (João 4.26). Que verdade absoluta! Sem Jesus não há salvação nem remissão de pecados. Nenhum relacionamento entre pessoas tem significado e durabilidade, se Jesus não é o elo principal da corrente. Isso vale para o casamento e para todas as relações familiares, bem como para as relações interpessoais em geral.

O cordão de três dobras não se rebenta com facilidade (Eclesiastes 4.12). Tenhamos, portanto, a Jesus como a terceira dobra em nossos relacionamentos, para que sejam inquebrantáveis!

Por Lusival Santos Gaspar Dutra
Igreja Batista do Olho d’Água
São Luís (MA)

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