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“Sentimos que temos irmãos e irmãs fora do país” – Cristãos sírios recebem apoio da igreja livre em todo o mundo

Portas Abertas

 

A atual crise no norte da Síria, após a invasão das forças armadas turcas e os bombardeios da força aérea turca, mostra novamente a importância dos parceiros da Portas Abertas no local. Imediatamente após o início da crise, a Portas Abertas iniciou uma campanha para ajudar os cristãos afetados por meio da igreja do pastor George Mousa Moushi, que serve aos cristãos perseguidos desde 2010 em Al Qamishli, próximo da fronteira com a Turquia.

A cidade tem uma população mista de árabes, curdos, siríacos e assírios. Eles são de diferentes origens religiosas e os cristãos são de diferentes denominações. Ele conta o que aconteceu na cidade, no dia dos ataques do exército turco:

“O ataque começou por volta das 15 horas, e eles se dirigiram as aldeias vizinhas. Al Qamishli está na fronteira entre Síria e Turquia, há menos de um quilômetro entre Qamishli e Turquia.

Um ataque maciço foi lançado contra os centros curdos e também os bairros curdos. Durou quase doze horas, até cerca das 3 ou 4 horas da manhã do dia seguinte. Eles recomeçaram o ataque no dia seguinte novamente, por volta das 16 horas. Isso foi cruel e aterrorizantes. As bombas caíram sobre os bairros civis, no mercado local, no mercado de mantimentos e sob a padaria. As pessoas começaram a reunir suprimentos de alimentos, caso todos os mercados fechassem. No dia seguinte, Al Qamishli estava vazia, a vida parou, todos ficaram em suas casas. Embora as bombas tenham caído principalmente nas cidades limítrofes, alguns atingiram bairros em nossa cidade. Nossas áreas eram mais baixas, no meio da cidade, por isso estávamos um pouco mais seguros, mas recebemos várias famílias que deixaram suas casas e vieram para a cidade, alguns curdos confiavam na segurança na nossa igreja.

Pedimos que eles ficassem nas casas de hóspedes da igreja e fornecemos os suprimentos necessários. Todos que pediram nossa ajuda, ajudamos da melhor maneira possível. Os primeiros três dias foram horríveis, todos se sentiram ameaçados, especialmente quando se espalharam rumores de que as milícias turcas poderiam entrar na cidade ou mesmo grupos ligados ao Estado Islâmico (EI) poderiam atacar nossa cidade.

Era aterrorizante imaginar o que eles poderiam fazer caso entrassem. Especialmente porque ouvimos o que eles fizeram nas aldeias próximas a Afrin quando estavam matando homens, estuprando mulheres e tomando-as como escravas. Essa foi a maior ameaça para nós, nos sentimos inseguros ainda mais do que durante os atentados.

Recebemos muita gente, e começamos a orar ao Senhor por paz e tranquilidade, que Ele nos desse essa paz. Imediatamente, senti que Deus estava nos suprindo emocionalmente. Depois, saí para comprar mais mantimentos, pois sabia que teria que abastecer e ajudar a todos que nos procurassem. Orei pelo fim dos ataques. As pessoas da nossa comunidade que queriam sair da cidade e ir para outros lugares, forneci o ônibus da igreja, para que fosse. Eu, minha família (ele tem esposa e três filhos) e muitos membros da nossa comunidade ficamos e estamos ajudando da melhor forma.

Sentimos que temos irmãos e irmãs fora do país. Pedimos, incessantemente, que vocês continuem orando e, na medida do possível, colaborando com o cristão perseguido na Síria”.

Ajude à Síria

Você pode ajudar este pastor e tantos outros que a Portas Abertas apoia em toda a Síria. Por meio de orações e doações, o cristão sírio pode passar por mais essa crise. Acesse o link https://www.portasabertas.org.br/doe/campanhas/siria-ajuda-emergencial e saiba como ajudar.

FONTE/

Portas Abertas

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