UMA SÚPLICA EM FORMA DE POESIA

SALMO – 61

De acordo com alguns estudiosos do Antigo Testamento, Davi teria escrito este salmo quando fugia de Absalão, conforme nos dá conta II Sm 17:21-29.

Esta oração poética de Davi versa sobre a confiança que o salmista tem na ação protetora de Deus para com os seus filhos, em momentos de grande tribulação e perseguição, como se vê nas expressões “leva-me para a rocha que é alta demais para mim” (v.2); e “no esconderijo das tuas asas eu me abrigo” (v.4).

É provável que Davi esteja fazendo uma comparação metafórica de Deus com a águia, a qual protege os seus filhotes, levando-os para uma rocha muito alta, longe de predadores, e lá os acolhe debaixo das suas asas.

Davi lembra que, mesmo que estejamos à beira da morte, o Senhor continua sendo o nosso maior seguro e uma rocha alta de refúgio. De modo que a morte nada mais é do que um passaporte para a eternidade e acesso à herança incorruptível que só pertence aos que temem o Senhor.

O salmo termina fazendo menção de um aspecto da cultura do antigo oriente médio, quando votos eram feitos à Deus, que era reconhecido como a fonte de poder, para garantir boas colheitas e vitórias nas guerras, como se vê no voto de Jefté em Jz 11:29-40; e no voto de Saul em I Sm. 14:24-35.

Assim, pois, como Davi, salmodiemos e adoremos o nosso Deus, que não nos promete uma caminhada tranquila; mas nos garante uma chegada segura. Pare e pense nisso! (Pr. Sergio Lima, pastor da Igreja Batista Morada do Sol em Teresina – PI).