Texto do Pr. Ivan Moutinho publicado na PG do Jornal Pequeno do dia 11/08/2019
Lucas 6 39-42 – DISCÍPULOS, GUIAS DE CEGOS
39 – E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova? 40 – O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. 41 – E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 42 – Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
A cena de um cego guiando outro cego, desperta a curiosidade e até extrai um sentimento para se “zoar”. Mas, devido a circunstância, se pode prever conseqüências, ante o perigo, que paira sobre os pobres coitados, se caírem, num abismo. Com esta expressão de imagem, Jesus atrai a atenção dos discípulos para ensinar-lhes.
Aquele que deseja aprender do Mestre, deve entender, que Jesus , simplesmente, ensina TUDO o que o homem precisa saber neste mundo e na eternidade. Nada mais existe além do Evangelho de Cristo. Nada a acrescentar, nada a retirar, nada a ser melhorado. O ensino de Cristo, é perfeito!
O discípulo em humildade, deve considerar-se inapto, mas, disposto a aceitar o tratamento de Cristo, submetendo-se às devidas correções, antes de querer ensinar o modo certo de viver para outras pessoas. A Bíblia, é a fonte do conhecimento de Deus, e nela se aprende lições, como, princípios, fundamentos éticos, morais e espirituais. “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; ( II Tm 3.16)”.
É certo que o conhecimento a respeito de Cristo e de sua Palavra, leva o Cristão à capacitação vinda de Deus, e, no poder do Espírito Santo, está habilitado a conduzir muitos à verdade.
Devemos saber que o conhecimento da Palavra, não eleva ninguém a um “status” superior de pessoas intelectuais, mais espirituais que as outras, mais ungidas, mais consagradas, mais santificadas, ao ponto de serem exaltadas e seguidas como “Gurus” ou “Guias Espirituais” nesta terra.
As Escrituras proféticas sinalizam a respeito de Jesus, o verdadeiro Guia. (Mt 2.6). “… Belém, terra de Judá, … de ti sairá o Guia há de apascentar o meu povo de Israel.” E não somente o povo de Israel mas os gentios, também precisam ser guiados por Jesus. “Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.” I Co 12.2. Quem, nesta terra, é o seu guia?
Jesus estabeleceu ao discípulo, o parâmetro de ser como o seu mestre (v.41), pois sabe da natureza e da vaidade do coração do homem, que em busca de notoriedade, usurpa até o conhecimento do próprio Deus. Mas, Jesus estabelece, também, o limite com relação ao nosso próximo, e, assim, deu a parábola do argueiro no olho do irmão e da trave no próprio olho, parte do ensino do não julgamento para não ser julgado. Mesmo possuidor das riquezas do conhecimento de Cristo em nós, não devemos nos considerarmos “superiores” a nenhum dos nossos irmãos.
Jesus deseja ver a simplicidade e a humildade nos seus discípulos, sem qualquer ostentação do conhecimento teológico, mas ensinando, pura e simples, a verdade do Reino, “As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas as que o Espírito Santo ensina… “ I Co 2.13.
O Evangelho é ensinado não somente em palavras, mas em poder e no Espírito Santo, o nosso GUIA. (Rm 8.14). Aprendamos de Jesus para: “…fazer discípulos de todas as nações, … ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele tem mandado;” Sejamos, apenas discípulos formando discípulos, resplandecendo a Luz de Cristo, para guiar os cegos deste mundo, conduzindo-os à presença de Deus.
Pr. Ivan Moutinho – IB Boa Vista – Timon-MA – 09-08-19
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