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Tunísia perde seu presidente

Tunísia perde seu presidente

A morte de Beji Caid Essebsi, aos 92 anos, causou comoção internacional

Beji Caid Essebsi foi um governante democrático, que realizou muitas melhorias no país em favor do povo (foto: Reuters)

Beji Caid Essebsi foi um governante democrático, que realizou muitas melhorias no país em favor do povo (foto: Reuters)

O aclamado presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi, se destacou como um dos principais responsáveis pela transição democrática do país. Localizada no Norte da África, a Tunísia está entre os países mais avançados do continente, em termos de desenvolvimento socioeconômico, liberdade civil e governança democrática. O falecimento de Essebsi se deu poucos meses antes do fim do mandato.

A morte do estadista provocou um momento de comovente unidade nacional. Os tunisianos acompanharam a procissão fúnebre em um percurso de 20 quilômetros, agitando bandeiras e entoando o hino nacional debaixo de forte calor. Mohammed Ennaceur, de 85 anos, foi empossado imediatamente ao cargo, como interino.

Segundo a imprensa internacional, muitas pessoas foram às ruas para deixar uma última homenagem ao político, devido ao trabalho realizado em favor do povo. “Vim aqui para prestar homenagem ao trabalho em favor das mulheres”, disse Farah, uma arquiteta tunisiana. Reações semelhantes a estas rechearam a procissão, afinal, uma das bandeiras defendidas foi fazer da Tunísia um país mais livre.

Devido a este posicionamento, Essebsi enfrentou muitos problemas. Antes do seu governo, um estrangeiro não podia casar com uma tunisiana, por exemplo, e agora pode. Além disso, outros movimentos em favor das mulheres e igualdade na repartição da herança também foram realizados pelo presidente. Contudo, o sistema de governo democrático não foi suficientemente robusto para proteger a liberdade dos cristãos.

A fonte da perseguição na Tunísia é a opressão islâmica. A hostilidade da sociedade em relação aos cristãos é visível e as ameaças partem dos membros da própria família e da comunidade em geral. Os estrangeiros na Tunísia têm uma boa liberdade de religião, mas são proibidos de realizar qualquer tipo de atividade vinculada ao evangelismo. Atualmente, o país ocupa a 37ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019.

Mesmo durante o governo de Essebsi, a comunidade de cristãos ex-muçulmanos local já enfrentava perseguição e dificuldades junto às autoridades do Estado para terem a conversão ao cristianismo oficialmente reconhecida. Agora, com as eleições antecipadas para o mês de setembro, todo o país se encontra em clima de tensão. Nesse momento, os irmãos tunisianos precisam do nosso suporte em oração.

FONTE/ PORTAS ABERTAS

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