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Texto do Pr. Luiz Antonio – Publicado na PG do dia 14/07/2019

 

Porém…

Encontramos, em nossos dias, pessoas que são realmente verdadeiros heróis. É impressionante a força de certas pessoas! Muitas nem tiveram a infância como deveriam ter, pois, desde muito cedo, começaram a trabalhar, ao mesmo tempo em que estudavam. Algumas dessas pessoas são tão brilhantes, que, muito cedo, conseguiram entrar numa faculdade e, quando acompanhamos o trajeto delas, as encontramos lá na frente com um belo emprego, subindo de posição a cada dia, com um carrão dos sonhos parado na garagem, morando em um apartamento que ainda está pagando, mas que é seu, com uma família linda. Porém… Não são felizes.
Esse é o ponto! Quantas dessas pessoas, apesar de terem alcançado muitas coisas que sonharam, não são felizes de verdade. E o pior é que nem podem compartilhar isso com outros, porque serão chamados de ingratos, e muitos vão pedir-lhes que olhem para a vida de outros e agradeçam pelo que tem. E é verdade. Se forem comparar a sua vida com a dos que estão a sua volta, parece que elas têm muito e nem deveriam reclamar ou sentir falta de nada. Mas a vida não é assim. Por mais que reconheçamos que temos muito, não conseguimos deixar de sentir um vazio na alma, uma tristeza que parece difícil de ser identificada. E haja divã para atender todo esse povo.
Na verdade, vejo isso como um grande problema do homem, principalmente do chamado “homem moderno”. Ele pode ir tocando a vida, trabalhando, estudando, e conquistando, mas chega um dia em que ele se depara com a sua realidade. Parece que tem um buraco enorme dentro do peito, um buraco que não dá para preencher com carrões, mansões, graduações ou promoções. Esse vazio, no meu entendimento, é, primeiramente, a falta de um encontro com o seu verdadeiro eu, encontro esse que permitirá a pessoa entender que tem uma falta que só poderá ser suprida por um encontro com Deus. Não apenas o encontro com o Deus de uma religião, mas o Deus que nos criou e que nos amou e nos ama de tal forma, que foi às ultimas consequências para nos ter novamente em seus braços, dando seu único Filho (Jesus Cristo) para nos salvar. O grande problema é que até o homem reconhecer isso, perde muito tempo na vida, tentando se alegrar com as conquistas, o que, aliás, por um curto período de tempo, parece resolver, pois traz alguma satisfação. É como o cheiro de carro novo: enquanto podemos senti-lo dentro do carro, isso pode trazer satisfação, mas daqui a pouco o cheiro fica comum, como fica comum o namoro, o aumento de salário, a casa nova, a roupa nova, a festa, e aí vem a realidade. Alguns chegam a dizer: “Que droga, o que está acontecendo comigo?”.
É! Realmente alguns parecem ter dificuldade para aceitar que o que acontece em sua vida é a falta de Deus, do Deus que nos dá a esperança de uma vida que não se encerra aqui nesse mundo, do Deus que quer nos dar coisas que a ferrugem não corrói e a traça não destrói. O que Deus tem para nos dar não funciona como paliativos, nem como analgésicos para a nossa dor existencial. Ele quer nos dar algo que muitos julgam ser utopia, mas é a coisa mais real que podemos receber: a vida eterna. Quando o homem vive nesse mundo sabendo que aqui não é o seu final, sabendo que pode sonhar com tudo, mesmo que possa alcançar, ele não precisará entrar em crise, pois a maior de todas as vitórias já foi alcançada por Cristo Jesus e lhe foi dada de presente. Então, sim, poderá lutar e crescer, e acabará com esse “porém”. Na verdade, o homem sem Deus é um aleijado existencial, mas quando se encontra com Deus, de verdade, recebe a cura para sua existência.
Um forte abraço e até a próxima se Deus disser que sim.

Pr. Luiz Antônio

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