Igreja cristã, com 100 anos de história, é fechada no Irã
Igreja cristã, com 100 anos de história, é fechada no Irã
Agentes do governo invadiram o patrimônio, trocaram fechaduras e derrubaram a cruz da torre. Irmãos precisam do nosso suporte em oração
Na primeira imagem, a igreja está intacta. Na segunda, após a invasão, a cruz já foi retirada da torre
Uma igreja assíria no noroeste do Irã foi fechada, e a cruz removida de sua torre, segundo informações do World Watch Monitor. A comunidade cristã na cidade de Tabriz, ficou em estado de choque depois que a igreja presbiteriana foi fechada à força no início deste mês. De acordo com relatos, agentes da inteligência invadiram a igreja de 100 anos e trocaram todas as fechaduras.
“Eles deixaram claro que o povo assírio não pode mais realizar nenhum culto lá”, explicou uma fonte confiável do local. A igreja, pertencente ao Presbitério Assírio, foi “confiscada” pela ordem do Tribunal Revolucionário em 2011, mas os membros puderam continuar usando o prédio para serviços na língua assíria – até agora. No entanto, a fonte disse que os membros da igreja já estavam com medo desde o Natal, quando pastores de outras congregações foram impedidos de visitar a igreja de Tabriz para um culto conjunto com outros cristãos assírios e armênios.
Então, no dia 9 de maio, um grande número de agentes do Ministério da Inteligência e da EIKO, uma organização sob o controle direto do Líder Supremo, entrou no complexo da igreja e mudou todas as fechaduras das portas. Eles também removeram a cruz da igreja, instalaram instrumentos de monitoramento, fizerama ameaças e forçaram o diretor da igreja a deixar seu lugar imediatamente.
“Muitas igrejas pertencentes a protestantes foram confiscadas no Irã”, explica Mansour Borji, Diretor de Advocacia do Article 18, uma organização sem fins lucrativos sediada em Londres, dedicada à proteção e promoção da liberdade religiosa no Irã. “Na maioria dos casos, o governo não consegue redirecioná-las. Então, elas permanecem como edifícios vazios, negligenciados, e se transformam em ruínas até serem demolidas”.
Cristãos das comunidades assíria e armênia históricas do Irã são uma minoria reconhecida, que geralmente são capazes de praticar livremente sua fé, desde que não abram suas portas para os iranianos nascidos muçulmanos. Os membros da igreja que evangelizavam muçulmanos já foram acusados de “ações contra a segurança nacional” e receberam longas sentenças de prisão. Hoje, o Irã ocupa a 9ª posição no ranking da Lista Mundial da Perseguição 2019, sendo a opressão islâmica e a paranoia ditatorial os principais tipos de perseguição contra os cristãos locais.
Fonte/
O conteúdo deste blog é livre e seus editores não têm ressalvas na reprodução do conteúdo em outros canais, desde que dados os devidos créditos.