Texto de Jonathan Edwards – PG do dia 28/04/2019
A verdadeira fé Persevera – Jonathan Edwards (1703-1758)
O verdadeiro cristão persevera em sua obediência a Deus através de todas as dificuldades enfrentadas, até ao fim de sua vida. As Escrituras ensinam de modo completo que a verdadeira fé persevera; vejam, por exemplo, a parábola do semeador (Mat. 13:3-9, 18-23).
O ponto central enfatizado pelas Escrituras na doutrina da perseverança é que o verdadeiro cristão mantém-se acreditando e obedecendo, a despeito dos vários problemas que encontra. Deus permite que esses problemas surjam nas vidas das pessoas que se proclamam cristãos a fim de testar a verdade de sua fé. Então torna–se claro para eles, e muitas vezes para os outros, se realmente estão levando a sério seu relacionamento com Cristo. Esses problemas são às vezes de ordem espiritual, como uma tentação particularmente sedutora. Às vezes as dificuldades são de ordem externa, como os insultos, zombaria e perda de posses a que nosso cristianismo possa nos expor. O sinal do verdadeiro cristão é que ele persevera através desses problemas e dificuldades, mantendo-se leal a Cristo.
Eis alguns textos que relatam o exposto. “Pois tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como se acrisola a prata. Tu nos deixaste cair na armadilha; oprimiste as nossas costas; fizeste que os homens cavalgassem sobre as nossas cabeças; passamos pelo fogo e pela água, porém, afinal, nos trouxeste para um lugar espaçoso” (Sal. 66:10-12). “Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que os amam” (Tg. 1:12). “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apoc. 2:10).
Admito que os verdadeiros cristãos podem se tornar espiritualmente frios, cair em tentação e cometer grandes pecados. Entretanto, nunca podem cair tão totalmente que se cansem de Deus e da obediência, e assentar-se num desagrado deliberado pelo cristianismo. Nunca podem adotar um modo de vida no qual outra coisa se jamais importante que Deus. Nunca podem perder inteiramente sua distinção do mundo incrédulo, ou reverter exatamente ao que eram antes de sua conversão. Se esse é o resultado dos problemas num cristão professo, fica demonstrado que nunca foi um verdadeiro convertido! “Eles saíram de nosso meio, entretanto não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (I Jo. 2:19).
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