“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas,

logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de  menino. (I Co 13.11)”

De tempos em tempos o homem se re-inventa. Vivemos tempos em que não se tem mais tempo. Para que esperar comer uma espécie de manga cultivando uma muda Tomiaqui se esse fruto, facilmente, pode-se comprar em qualquer feira?  Para que perder tempo em aguardar o conserto da televisão smarth  na assistência técnica, se é bem mais cômodo substituí-la comprando outra TV mais “top”.  Os tempos são outros, o pós-modernismo enfatiza que “tempo é dinheiro” e não se deve mais perder tempo em cultivar, cuidar, restaurar ou zelar, é bem mais simples e fica mais suave e doce, pagar por aquilo que traz prazer e conforto, sem perder tempo, com  pouco esforço e evitando  maiores  preocupações.

Surge, então, na rede internet uma plataforma de relacionamentos com mais de 1 milhão de pessoas (Sugar Daddies – paizinho, Mommies – mãezinha e Babies – meninas jovens), femininos e masculinos. “As relações são pautadas por acordos pré-estabelecidos e desde o início, as expectativas são claras, transparentes e benéficas para os dois parceiros. Existem acordos que prevêem somente uma amizade, outros, um namoro, outros uma relação sem compromisso. Está tudo lá, às claras, desde o início, para não haver risco de frustrações futuras”. É o “relacionamento sugar”. “…a proposta deste relacionamento  é diferenciada, os objetivos expostos com naturalidade facilitam  a aproximação de pessoas sensatas com o mesmo interesse.”,

Segundo a publicação,  170 mil homens estão inscritos e mais de um milhão de garotas à procura de homens maduros e bem sucedidos que lhes proporcionem a garantia de uma relação segura em termos emocionais  e  financeiros. Os “daddies” tem um consenso de que as  “babies” inscritas, além de lindas, devem ter formação cultural e até pós-graduação. O perfil dos usuários na plataforma são pessoas exclusivas e elitizadas, homens poderosos e mulheres jovens e atraentes, com fotos,  e maiores de 18 anos com termos a ser aderidos do site.

No pós-modernismo,  o “relacionamento sugar” se apresenta como o antídoto para os divórcios. E o problema, apontado é que a expressão “até que a morte os separe” enunciada no ato do casamento bíblico,  “ … tem a pressão de uma sentença de compromisso eterno. Parte-se da premissa de um envolvimento de longo prazo, como se as pessoas não passassem por transformações durante a vida. Quando elas ocorrem, o parceiro vira um desconhecido e a solução é o divórcio. Na relação sugar, os acordos estabelecidos servem como um “teste de compatibilidade”, sem cobranças desnecessárias e sem a exigência da longa duração.”. Assim argumenta quem  defende essa novidade,

Facilidade, facilidades, ao alcance de quem pode pagar, e enganosas oportunidades de ótimos relacionamentos entre “pessoas sensatas”? Afinal, existe sensatez nessa proposição? Quem vai cair nesse “canto de sereia”? Quem vai cair nessa armadilha? Quem se deixará levar por mais essa “novidade” virtual?  Quem esta disposto a pagar o preço?

No relacionamento conjugal instituído por Deus, o casamento, não admite moeda de troca, mas tem um preço, e o amor é o mais alto preço que se pode pagar. Ao homem é ordenado que ame a sua própria esposa e cuide dela, dando sua própria vida por ela (Ef.5.25). Deus não estabelece prazo de validade para a união homem e mulher, e, sim, até que a morte os separe (Mt.19.6).  O Senhor instrui ao homem, amar a mulher da sua mocidade (Pv.5.18). O tempo passa e, todos sofremos transformações em nosso corpo físico, a velhice implacavel chega, cabelos grisalhos, a pele enrugada, movimentos trôpegos e limitados. E não somos mais os mesmos. Passado o tempo, desconhecer o outro é sinal de que os dois, ou, um dos dois, não sabem o que é amar. Mas a Bíblia diz: I Co 13:7 – (O AMOR) Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.  Homens, deixem de ser meninos!

Pr. Ivan Moutinho –  09.04.2019 –

Igreja Batista Boa Vista – Timon – MA