De acordo com o jornal El Salvador Cronio, um pastor e sua família tiveram que fugir de sua casa em Apopa devido a contínuas ameaças de morte de membros da gangue Barrio 18. O grupo tem feito o pastor de alvo por sua fala contra as atividades criminosas e por acusar líderes do conselho local de conspiração.

Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para refugiados, quase 16 mil pessoas de Honduras e El Salvador deixaram o país para se unir à “caravana de imigrantes” em direção à fronteira dos Estados Unidos.

Embora seja difícil definir o número exato de cristãos desabrigados, casos como o relatado acima indicam claramente que motivação religiosa também é um gatilho para perseguição por gangues criminosas. Líderes cristãos com frequência se tornam vítimas de violência das gangues quando representam ameaça à estabilidade delas. Eles enfrentam ainda mais dificuldades quando autoridades atuam como cúmplices dos grupos criminosos já que os cristãos não têm ninguém a quem pedir proteção.

El Salvador está em um estado de transição devido aos resultados das recentes eleições presidenciais de fevereiro. Nayib Bukele, um antigo prefeito e líder da Grande Aliança Nacional (GANA, da sigla em inglês) conseguiu a vitória, acabando com o domínio de 30 anos de apenas dois partidos.

O novo presidente enfatizou seu plano de colocar fim à corrupção, erradicar as gangues criminosas e limitar a migração. Entretanto, é muito cedo para saber quais medidas serão tomadas e quando serão de fato efetivas. Tais planos para acabar com a corrupção e impunidade são muito significativos para os cristãos. A segurança dos cristãos em áreas ocupadas por gangues depende em grande parte das próximas decisões políticas.

Fonte/ Portas Abertas