Cláudio Duarte: A sociedade moderna é muito frágil para lidar com perdas e decepções
Em pregação, pastor usa a história de decepções de Ismael como incentivo à superação dos problemas emocionais.
FONTE: GUIAME
Baseado na história de Ismael, o filho da escrava egípcia Agar com Abrão, de quem seria o herdeiro, o Pr. Cláudio Duarte traz uma reflexão sobre a fragilidade emocional das pessoas nos dias de hoje diante de situações difíceis.
Descrita em Gênesis 16, a passagem conta que Abraão foi estimulado por sua mulher Sara para ter o filho que tanto desejava – e que não tiveram mesmo depois da promessa de Deus (Gn 12) que parecia ser impossível de acontecer, já que Abrão e sua mulher eram idosos e Sara ainda era estéril.
Ismael nasce, cresce e até os 14 anos é criado como herdeiro único de um homem rico. No entanto, a promessa de Deus se cumpriu e Abraão e Sara tiveram seu filho biológico, Isaque.
Agora, Abrão tinha dois filhos: um com a escrava e o filho da promessa.
Enfrentar os problemas
A partir daí Ismael começaria a enfrentar muitos problemas:
Ele deixa de ser filho único e herdeiro de Abrão, por isso deixa de ser respeitado pelos demais empregados, deixa de ser amado como filho único por seu pai. Tempos depois ele e sua mãe são expulsos para o deserto sem levar nada, a não ser pão e água.
O mundo de Ismael desabou. A herança que era dele não e mais, o proposito pelo qual ele nasceu ficou ultrapassado, ele pode ser descartado. De herdeiro, agora não era ninguém. Um adolescente com toda expectativa, com todo respeito que as pessoas tinham por ele porque era o futuro dono de tudo, mas com o nascimento de Isaque não é mais nada, não tem mais função. Tudo aquilo foi um choque na vida de Ismael.
Mas o filho de Abraão com a escrava precisou se adaptar àquela nova realidade. Não apenas ao deserto físico onde ele foi obrigado a aprender a viver, mas aos desertos emocionais: à decepção, à escassez, ao abandono, à solidão.
O pastor diz que a sociedade pós-moderna tem dificuldades, pois qualquer problema as pessoas transformam num grande caos. Mas Ismael, mesmo sendo um adolescente, cresce e vive onde ninguém viveria. Ele supera suas dificuldades e torna-se um guerreiro, conforme o verdadeiro plano de Deus para ele.
“Precisamos aprender a superar obstáculos, vencer as crises, encontrar uma maneira em meio às adversidades de conquistar êxito no que empreendemos, pois há um Deus que é superior a todos os obstáculos”.
Cláudio Duarte lembra que seja qual for a situação, Deus pode entrar com providencia a seu respeito. Foi assim com Ismael e Agar no deserto!
Ele diz que as pessoas têm grande dificuldade de sobreviver às decepções da vida, às perdas, às adversidades, às ameaças do mal… Temem o diabo sem se darem conta de que ele só quer destruir e mesmo assim as pessoas ficam decepcionadas com ele. A sociedade moderna está muito frágil para lidar com perdas, decepções, dificuldades.
Encarar a vida e seus propósitos
O que aconteceu na sua história, momento hoje parece que terminou, mas sua vida ainda não acabou, sua história continua. Foi assim como Ismael. A vida dele teria de continuar naquele deserto.
Esteja você num bom momento ou não, cuidado para o caos, para a dificuldade não entrarem na sua vida e paralisarem você.
O pastor alerta que uma adversidade pode bloquear o caminhar de qualquer pessoa e levá-la a criar fantasmas em sua mente, e até tirar sua própria vida. “Temos que aprender a sobreviver”.
Ele lembra que a vida não vai nos dar tudo assim como não dará tudo para o outro. “Não fique traumatizado porque você não tem as coisas que o seu irmão tem” Ele diz que as pessoas precisam ser maduras para aprender que cada um tem sua vida e a sua realidade, como Isaque e Ismael tinham as suas.
Mesmo Ismael sendo filho de uma escrava e tendo sido fruto da incredulidade de Abrão e Sara, Deus estava com ele, lembrou o pastor. “Deixe Deus agir a seu favor, não se queixe dos recursos que não tem, mas veja o que Deus tem. Deus sempre envia resposta e abre os nossos olhos para vermos que a solução que está mais perto do que podemos imaginar”. (Gn 21.19).
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