O governo sírio e as forças afiliadas lançaram mais de 300 ataques usando armas químicas durante o conflito de quase oito anos no país, disse um relatório publicado neste domingo na Alemanha.

As investigações foram feitas pelo Instituto de Políticas Públicas Globais, com sede em Berlim, e oferecem o registro mais abrangente até o momento do uso de armas químicas na Síria, onde a longa guerra parece estar diminuindo, mas deixou mais de 200.000 mortos e milhões de refugiados espalhados pelo Mundo.

O mais triste de tudo é saber que o Presidente da Síria, que deveria ser lavado a um tribunal internacional de crimes de guerra, continua livre a pode continuar cometendo as mesmas atrocidades.

Bashar al-Assad é um assassino em massa e nenhum país ousa acusá-lo diretamente, simplesmente por que ele tem o apoio dos russos.

O Instituto de Políticas Públicas Globais (GPPI, na sigla em inglês) disse que “comprovou de maneira séria” que foi feito 336 usos de armas químicas, desde agentes nervosos até bombas de cloro cruas, mas perigosas, quase todos os ataques – 98% – foram atribuídos às forças militares ou aliadas de Assad, incluindo milícias leais conhecidas como as Forças Tigre, que também têm o apoio da Rússia. O restante dos ataques foi atribuído ao Estado Islâmico, que já deteve partes importantes da Síria.

A análise do GPPI começou a partir de 23 de dezembro de 2012, a grande maioria dos ataques citados ocorreram após a declaração do presidente Obama em 2013 de que o uso de armas químicas contra civis sírios seria a linha vermelha de sua administração.

Os investigadores relataram que basearam suas descobertas em depoimentos de testemunhas e análises pós-ataque, incluindo relatos dos efeitos dos agentes químicos, bem como as armas que foram encontradas nos locais de ataque.

O regime de Assad não se limitou a “deter” com o uso dessas armas proibidas para defesa, mas conseguiu usá-los para fins estratégicos, ataques de destruição em massa e sem descriminar a população civil dos terroristas.

Assad continua solto e recebendo cada vez mais apoio político e tudo indica que vai acabar ficando impune.

Fonte/ Cafetorah