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Hoje, muito tem se reivindicado sobre os “direitos humanos”, mas pouco ou nada se fala a respeito de “deveres humanos”.  Talvez, pela própria rebeldia da natureza do homem pecador, a obrigação não sejatão bem-vinda, e, por isso, sem problema algum, é deixada de lado.

O que importa mesmo são os “DIREITOS”, só aquilo que pode ser vantajoso, sem custo de benefício e sem dar nada em troca. Detectamos, assim, uma das piores facetas da natureza humana: o EGOÍSMO, manifestado em posturas e atitudes, revelando as funestas intenções e malignos pensamentos, de um caráter deformado pelo pecado. Venham os meus créditos, longe vá de mim os deveres!

Sobre a tragédia de “Brumadinho”, a repetição da tragédia de “Mariana”, barragens com histórias semelhantes de caos, prejuízo, indiferença, negligência, ambição. Além das pessoas soterradas pela lama, ali, foram enterradas a vergonha e a honestidade dos políticos e homens poderosos do capital.

Afinal, de que servem a lisura política e honestidade nos negócios, se essas coisas não enriquecem e não produzem vultosos ganhosfinanceiros? A verdade é que esses corruptos e corruptores, tanto os passivos como os ativos, não foram engolidos pelas torrentes de lama, mas fedem sobre a terra o cheiro acre e  insuportável do apodrecimento e decomposição moral de suas desumanidades.

Não pensemos nós que somos diferentes e que não temos nada haver com essa triste constatação da corrupção do homem. O apóstolo Paulo grita do profundo da sua alma: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7:24. Ele mesmo se agita em si, e pede socorro por causa da sua terrível condição de pecador: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.” Romanos 7:15; Paulo constata sua fraqueza e vulnerabilidade para o erro.

Todos, temos uma luta voraz do Eu contra Eu mesmo. Daí, fica patente que, de forma alguma, poderia reivindicar “direitos humanos”, masexpectar uma terrível e temerária condenação. Sei o que devo fazer, mas não faço. QUEM ME LIVRARÁ? Quem me livrará de mim? Começo a perceber que eu sou o meu próprio algoz e carrasco. E não me dou ao direito de crer que possa alcançar o perdão de Deus. Sou corrupto ao extremo! Não tenho jeito! Estou perdido! Estou atolado no lamaçal!

A faceta do egoísmo e egocentrismo deve ser destruída, aniquilada. EJesus é a solução. Ele desfaz a barreira da inimizade que nos separa de Deus. Só Ele pode transformar e edificar a alma do homem fazendo-omais humanos, uma nova criatura, uma nova humanidade em Cristo. Para isso, devo crer que o sangue de Cristo derramado da cruz purifica e lava toda a lama do pecado. É a resposta ao pedido de socorro de Paulo: “… quem me livrará o corpo dessa morte?” Cristo, ninguém mais!

Se exigirmos de Jesus os nossos “direitos humanos”, ouviríamos a sua resposta: Eu morri por você, e lhe dou a oportunidade de em mim e por mim, adquirir  uma nova humanidade. Eu perdôo todos os seus pecados e não mais verás condenação, mas a graça de Deus sobre você. Somos devedores por tão maravilhosa graça concedida. Deus nos salva de um charco de lama e nos coloca em lugar seguro sobre a rocha que é Cristo.Creia em Deus e em Jesus!

Confessemos e peça em oração ao Senhor como o salmista: “Atolei-me em profundo lamaçal, onde se não pode estar em pé; … Tira-me do lamaçal, e não me deixes atolar;” Salmos 69:2-14. Amém!

Pr. Ivan  Moutinho/ Igreja Batista Boa Vista – Timon-MA, 30/01/2019