RETROCESSO – Por/ Pr. Paulo Guilherme – PG 20/01/2019
Somente quem vive no evangelho a mais de 40 anos, com certeza já viu a passagem de vários modismos Gospel que invadiram as igrejas. Entre esses podemos citar a oração para nascer dente de ouro, a “onda do cai…cai” naderrubada de grupos enormes através do efeito dominó que também é chamada de Nova unção e, surgiu também, a performance do gritar, do pular que eram sinalizadores de avivamento.
Tenho percebido que a geração de hoje está resgatando as ovelhas do passado que foram tão mal cuidadas e ensinadas que hoje estão se reconciliando, pois em cada apelo que se faz hoje na igreja, de dez que vêm à frente oito estão se reconciliando, e o mais interessante que em minhas idas ao presídio percebo um número enorme de ex crentes congregados, filhos de pastores e de servas piedosas, assim como minha ida em manicômios, fico chocado e me enchendo de perguntas por querer saber o que é pregado para ter tanta gente ali falando em Deus e ao mesmo tempo completamente surtadas vendo demônios;isso por conta dos ensinamentos que receberam, em que os lencinhos com as unções com efeito dominó não conseguiram dar a estrutura emocional e a convicção de fé inegociável que só o evangelho pode dar.
Hoje na secularização, ou virada do milênio na era digital, qual seria o modismo imperante? O modismo dos títulos onde quanto mais exclusivo, melhor?Títulos de patriarca, semideuses ou Jesus Júnior, além de tantos títulos mirabolantes e resgatados de um passado distante… Na verdade, parece que o título que ninguém tá querendo é o de SERVO, até porque se alguém pensa em ser o maior que seja SERVO! Quem falou foi Jesus em Mateus 20:26.
Além dessa farra dos títulos, que é a moda da secularização e da era digital, tem o retrocesso que se tornou algo tão espiritualizado que muita gente acha que existe algo de sagrado no shofar, por exemplo,quando tocado na igreja, que traz uma carga emocional e muitos choram, tremem, e sequer sabem que shofar era só um instrumento de convocação para batalha da tropa, exatamente porque não tinham Whatsapp ou um alto falante, logo também era usado como instrumento musical. Essa moda de judaizar dos cristãos deve estar preocupando Jesus, porque Ele morreu para acabar com essas práticas do judaísmo que se tornaram moda hoje de um conserto antigo, a ponto do véu do templo ter se rasgado para anular essa velha prática. Agora vêm esses crentes recolocando o véu no templo novamente, fixam a arca do conserto nas igrejas cristãs, vestem o povo de sacerdote, levando-o a uma prática que não tem sentido algum porque somente da tribo de Levi os chamados levitas podiam ser sacerdotes, mas agora banalizou com cearenses, paraibanos maranhenses se vestindo e dando uma de sacerdotes; sendo que, até a arca só existia uma que ninguém sabe onde está, mas agora apesar de Deus fazer questão que ela fique escondida e ninguém saiba onde está os crentes resolveram fazer uma para cada igreja, aí voltamos aos rituais novamente. Daqui a pouco voltarão a matar animais em um total desconhecimento da palavra, inventando crendices. Esse modismo judaicovirou paixão com paparicos,por onde um monte de crentes tem passeado livremente nessa religião.
Irmãos… nós temos que amar Israel e aos judeus, mas o judaísmo é a religião que crucificou Jesus e até hoje Jesus não é salvador na doutrina deles e salvo os judeus messiânicos; não tenho conhecimento de outros judeus que acreditam em Jesus como Salvador, por isso não faz sentido pegar keppar, stola sacerdotal e pendurar no pescoço e sair por aí dando uma de judaizante de um conserto anulado na morte de Jesus Cristo, que estabeleceu um testamento cuja validade está no testador queprecisou morrer para ter força de lei, pois testamento só tem validade quando o testador morre (Hebreus 9:27).
Estamos precisando com urgência de uma nova reforma na de 500 anos atrás. Precisando de pregadores do Evangelho que Jesus ensinou, que não tenham se judaizado e que entendam a verdadeira forma de libertação de uma pessoa, que não é um sabonete de descarrego, um lenço ou um óleo de Israel, mas sim a verdade chamada Jesus Cristo, O filho que liberta e que verdadeiramente nos torna livres, ou seja,a palavra do Evangelho pregada, pois o próprio Jesus disse aos seus discípulos: vós estais limpos pela palavra que vos tenho falado (João 15:3).
Vamos voltar às primeiras práticas de pregação da igreja primitiva, que não parava de pregar de casa em casa que Jesus Cristo é o salvador diferente de hoje, onde lamentavelmente a proposta principal é do mamon que mexe com a ganância de cada um através da facilidade de ficar rico, barganhando na vantagem de dar cem reais para a igreja e receber dez mil ou mais por conta da promessa que vai aparecer na conta mais dinheiro, ou que vai ser tirado de alguém por Jesus para colocar na conta do que acredita, e ficar rico empresário sem trabalhar bastando receber o dom da riqueza e a unção da prosperidade, que enche a mão do ungido de pó de ouro.
Coitado do Pedro que foi observar a hora Nona de oração, eleestava sem nem um tostão no bolso… com certeza seria considerado sem fé nesse novo contexto da era digital que está lotando os manicômios com pessoas frustradas e se sentindo derrotadas por não crescerem de padrão social, e não se tornarem empresários e não terem um carro importado e uma casa na praia.
Pedro não tinha dinheiro, mas levantou o paralítico!E hoje temos dinheiro, mas não levantamos paralíticos.
Pense nisso!
Pr. Paulo Guilherme
Igreja Quadrangular
(98) 98111-0198
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