Anel com Selo de Pôncio Pilatos foi finalmente revelado ao Mundo
Todos conhecem o ditado: “Ele lavou as mãos em inocência”. Pôncio Pilatos é uma das figuras e contemporâneos famosos de Jesus de Nazaré. Ele era o procurador romano na Judéia, portanto, o representante oficial do imperador romano. E só ele foi autorizado pela lei de então a pronunciar sentenças de morte. Mas por muitas décadas, por falta de relatos, pensava-se que não passava de uma lenda cristã, fato que foi desmentido com a Estela Dedicatória a Pilatos que foi encontrada nas escavações em Cesaréia Marítima. Mas pela descoberta atual, niguém esperava.
Pôncio Pilatos é definitivamente uma pessoa historicamente comprovada. Ele não foi mencionado apenas explicitamente no Novo Testamento e pelo historiador contemporâneo Josephus Flavius. Em Cesaréia, a maior cidade portuária romana na costa do Mediterrâneo, descobriu-se nas bases de um pilar o nome esculpido “Pontius Pilatus”. Esta pedra era a “prova” tão esperada para sua existência e está agora no Museu de Jerusalém Israel, entre outras exposições do tempo de Jesus e os primórdios do cristianismo.
Anel descoberto há 50 anos – só agora foi revelado seu segredo
Esta semana, a mídia em Israel foi surpreendida com a descoberta que está deixando muitos de queixo caído no Mundo Arqueológico, mas uma prova palpável deste personagem do Novo Testamento. Logo após a Guerra dos Seis Dias, em 1968, o arqueólogo israelense Gideon Förster escavou um anel na Colina do Herodion, a leste de Belém, hoje parte do Parque Nacional Herodion, mas somente agora foi devidamente limpo. Graças a câmeras especiais, o anel revelou seu segredo: além da imagem de uma embarcação de vinho, o nome “Pilatus” foi gravado no metal em escrita grega.
Como nenhum outro “Pilatos” é conhecido, os pesquisadores israelenses acreditam que este anel deve ter pertencido ao famoso Pôncio Pilatos, o quinto governador romano da Judéia. Ele governou a Judéia nos anos 26 a 36. Se ele usou este anel, um símbolo de status em si, ou se um de seus funcionários “assinou” documentos oficiais por impressão, não se sabe. “Eu não conheço nenhum outro Pilatos da época e o anel mostra que ele era uma pessoa de estatura e riqueza”, diz o professor Danny Schwartz, da Universidade Hebraica.
A descoberta do anel em um buraco com milhares de outras pequenas descobertas no Herodion não é coincidência. O rei Herodes era um vassalo dos romanos e, portanto, bastante impopular entre a população. A leste de Belém ele tinha uma colina artificialmente montada onde construiu sua fortaleza. No flanco norte, uma espécie de templo foi construído, além de um teatro e um banho romano. Em maio de 2007, o arqueólogo israelense Ehud Netzer encontrou o túmulo do rei Herodes e o sarcófago vandalizado. Herodes escolheu o lugar para ficar a salvo de seus captores. Além disso, a localização do túmulo permitiu uma visão de Jerusalém.
Como Herodes mantinha relações estreitas com os ocupantes romanos, não é de surpreender que o anel de sinete do procurador também fosse encontrado no mesmo local. A parte superior do complexo, a poderosa fortaleza construída no cone, continuou a ser usada por oficiais romanos, que governaram a Judéia na época. É provável que Pilatos tenha usado o Herodion como o centro administrativo do governo central, já que este está bem mais próximo de Jerusalém do que Cesaréia.
Fonte: Israel Exploration Journal
Imagem: Anel de Pôncio Pilatos. Desenho de J. Rodman.
Fotografado por Clara Amit (Departamento de Fotografia da IAA, via Universidade Hebraica).
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