NIGERINOS PEDEM SOLTURA DE JEFF WOODKE
No segundo aniversário do desaparecimento do missionário cristão, americano e trabalhador humanitário, Jeff Woodke, de sua casa em Abalak, no nordeste do Níger, líderes comunitários pediram ao presidente do país para assegurar sua libertação. O cristão, de 57 anos, foi sequestrado por criminosos desconhecidos em 2016. Os sequestradores, que se acredita ser de um grupo extremista islâmico chamado Mujao, mataram dois seguranças. Desde então não houve notícias do missionário ou dos criminosos.
Após dois anos sequestrado, oficiais locais, trabalhadores humanitários, representantes do exército nigerino e outros se uniram em Abalak para emitir uma declaração, prestando uma homenagem a Woodke. Em vídeo, eles confirmaram a apreciação pelo trabalho memorável do cristão e seu respeito por ele como um herói comunitário. Disseram ainda que se uniram para cumprir uma missão moral, já que sua libertação ajudaria a população de Abalak. “Nós esperamos que o presidente da República do Níger se dedique a fim de conseguir a soltura dele”, disseram.
Woodke ficou conhecido em Abalak por sua devoção ao Níger e à população nômade. Ele morava na região desde 1992 e comandava diversos projetos de desenvolvimento entre os tuaregues, focados em agricultura, saúde, literatura, escola de educação primária e melhoria do acesso à água potável, entre outros. Na declaração, os líderes comunitários também disseram que estavam desapontados pela falta de atenção dada ao desabafo da esposa no ano passado, referindo-se aos vídeos que Els Woodke soltou, pedindo aos sequestradores para deixarem seu marido voltar para casa.
Neste aniversário do desaparecimento, ela publicou uma nova declaração, desta vez direcionada para seu marido. “Eu quero que saiba que estou fazendo todo o possível para te ter em casa. Foram dois longos anos, mas você não foi abandonado. Nem por Deus, nem por aqueles que estão me ajudando. Não perca a esperança”, declarou.
Novas informações sobre o caso
Desde o sequestro, pouco se sabe ou foi divulgado sobre a condição ou localização, apenas que os sequestradores foram rastreados na região de Mali por autoridades nigerinas, porém nenhum grupo assumiu a responsabilidade. Em junho, o presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, falou em um canal de TV sobre Woodke e um trabalhador humanitário alemão sequestrado em abril: “Nós temos algumas notícias. Sabemos que eles estão vivos e continuamos criando condições para a soltura deles. Talvez os contatos que estão a caminho ajudem a alcançar esse objetivo”.
O prefeito de Alabak, Bilou Mohamed, disse na época do sequestro do cristão, que a comunidade sofreu uma tragédia terrível. “Este homem viveu entre nós por anos, mesmo quando era difícil acompanhar populações vulneráveis. Todos conheciam sua bondade”, afirmou.
FONTE/ Portas Abertas
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