Foi bom para os cristãos?

                                                                                (Parte 1)

​Houve um período de muitas lutas e dificuldades para os cristãos, período em que muitos foram mortos e perseguidos unicamente por conta da fé que professavam, mas no ano 300 d.C um guerreiro chamado Constantino, que aspirava o trono de Imperador de Roma, resolveu sonhar e se levantar com um exército totalmente inferior numericamente, comparado ao exército do Imperador Marcus Aurelius Valerius Maximianus, que então dominava Roma como líder desse império poderoso sobre a terra.

​Constantino sabia que a tarefa não seria simples por uma série defatores e questões estruturais, que mesmo tendo Licinius co-imperador em Tessalônica, o qual era seu cunhado, sabia que a batalha com oimperador Maxicencio seria algo desafiador, pois, certamente, Constantino não tinha as pesquisas a seu favor por conta do forte aparato de Maxicencio. E ao se aproximar de Roma, Constantino na altura da ponte Mílvia, no verão de 312 sobre o Rio Tibre, teve uma visão no céu de uma cruz, e logo atribuiu como um sinal de Deus e uma voz que lhe dizia: com este símbolo vencerás!

​Ajudado e motivado pelo historiador cristão Lactâncio, que era seu conselheiro e fazia parte do seu corpo de militares, foi aconselhado a mudar os símbolos que eram inscritos nos escudos de seus soldados, símbolos a deuses pagãos da guerra como Marte e outros deram lugar ao símbolo do Deus cristão, Jesus Cristo, simbolizado na letra X com um P centralizados; símbolo este ainda visto nas igrejas católicas e nas estolas sacerdotais dos seus sacerdotes.

​Maxicencio saiu ao encontro de Constantino à beira do rio Tibreconfiando nos prognósticos feitos por seus sacerdotes em magia através das vísceras de carneiros, pois segundo a história, dizia que ele perderia a batalha, o que foi ocultado a ele pelos seus sacerdotes. E ele foi para batalha, mas não resistiu à pressão, e quando recuou tentando voltar pelo rio que atravessara, devido sua armadura pesada não conseguiu nadar para o outro lado e acabou morrendo afogado o que fez Constantino entrar em clima vitorioso e tomar o trono. 

​Uma das primeiras medidas tomada por Constantino como Imperador foi proibir a perseguição aos cristãos, e tomando atitudes como um cristão converso pegava os templos de deuses como Mercúrio, Marte e tantos outros e transformava- os em templos cristãos. Logo veio o Édito de Milão, onde as propriedades dos cristãos confiscadas pelo Império deveria ser devolvida, assim como findar a perseguição religiosa determinando assim que o Império seria neutro; tal documento publicado em forma de carta transcreveu o acordo entre os tetrarcas Constantino que era Imperador do Ocidente e Licínio, seu cunhado Imperador do Oriente.

​Eles deram ao cristianismo e a todas as outros religiões o estatuto delegitimidade (latim:religio lícita). Com isso foi distinguido o paganismo como a religião oficial do império e do seu exército. E assim se estabeleceu a liberdade religiosa em Roma que tornou-se um país laico,só vindo a tornar-se um País não laico no ano 380 d.C. por ordem do Imperador Teodósio I que tomou a medida em uma lei conhecida como Edito de Tessalônica. E assim, Constantino, usando os cristãos como força política para superar a decadência de Roma com o lema: “UM DEUS NO CÉU E UM IMPERADOR NA TERRA” foi ele ampliando os seus poderes e territórios conquistados em uma batalha no território oriental liderado por seu cunhado também Imperador no Oriente chamado Licínio, que foi executado, tornando-se comandante supremo de todo o império romano.  

​No próximo domingo continuamos…

Pr. Paulo Guilherme

Igreja Quadrangular/ Monte Castelo

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