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Imposto – Pr. Paulo Guilherme

Imposto

Essa palavra não é nada simpática porque tem sentido invasivo, significandoo que se obrigou a aceitar”. Relatos antigos revelam que a 4000 anos a.C peças de Barro encontradas na Mesopotâmia evidenciam queimpostos eram pagos naqueles dias a 6.018 anos, e já eram taxas cruéis e desumanas, pois os sumérios, um dos povos a viver por ali, eram obrigados a passarem até cinco meses trabalhando para sustentarem o rei.

É assustador! Na Islândia e Alemanha, por exemplo, se você declarar a sua religião será obrigado a pagar o imposto de paróquia ao governo, querepassa à igreja luterana essa contribuição compulsória. IMPOSTO sempre causou guerras e revolução.

A história nos mostra também que, a Guerra dos farrapos ou revolução Farroupilha aconteceu por descontentamento político e busca de autonomia nas províncias, pois o tal do IMPOSTO cobrado pelo charque, sal e outros produtos incomodava e “capava” os lucros dos gaúchos. O interessantetambém, foi o impedimento de uma guerra que aconteceria entre Brasil e Argentina, impedida por causa do IMPOSTO. Era a guerra da CISPLATINA, região estratégica para navegação do Brasil, onde hoje é o Uruguai, lugar em que a coroa portuguesa e a coroa espanhola brigavam por aquela área estratégica, onde Portugal em 1860 fundou a colônia do Sacramento, dada à província hoje chamada de Uruguai.

Esse território passou ao domínio espanhol em 1.777, e quando a coroa portuguesa se transferiu para o Brasil Dom João VI queria novamente incorporar ao país a CISPLATINA, mas não conseguiu porque o povo brasileiro achatado pelos altos impostos não tinha motivação para lutar em favor da coroa, e logo a guerra não aconteceu.

Na Bíblia Sagrada Deus nos mostra que, O Senhor Jesus Cristo esteve aqui numa época em que o IMPOSTO era o assunto de todas as rodas deconversas, pois ninguém estava mais suportando a carga tributária pesada,imposta pelos que dominavam a região, no caso o Império Romano. Asituação política do momento era muito delicada, pois a miséria imperava e o desrespeito ao nacionalismo judaico era violado e as suas tradições solapadas por Nero, que espoliava um povo para satisfazer seus instintos perdulários, onde ser pródigo era uma marca dos imperadores romanos.Aliás, para um sistema perdulário nunca existe IMPOSTO suficiente.

Como se não bastasse  essa questão que saqueava a população, ainda tinha uma outra questão política sendo banalizada, era a questão da sucessão ao trono de Israel. Após a volta dos judeus do exílio na Babilônia, onde ficaram escravos durante 70 anos, nunca conseguiram se organizar a contento, pois a briga pelo poder dividiu a terra prometida em alguns reinos, mas logo que Roma começou a dominar o mundo arranjaram um rei testa de ferro para Israel, que não era judeu, mas da tribo de Edom, linhagem deEsaú, povo que habitava ao sul da Jordânia.

Pense na revolta que isso causou! Mexer em princípios invioláveis como o da sucessão que teria que vir da linhagem de Davi, mas a politicagem de Herodes o grande, que era amigo do poder, o fez rei ilegítimo de Israel segundo as tradições de sucessão. Jesus, por ser da descendência de Davi, com uma popularidade inquestionável, começou a ser cogitado como a saída política para atender aos anseios de um povo sofrido que precisava de um rei legítimo, e logo começou a ser pressionado para exercer o reinado com direito à manifestação popular, na entrada em Jerusalém montado em um jumento, com direito a palavras de ordem e galhos de árvores agitados, roupas pelo chão para Ele passar.

A oposição, comandada pelos líderes religiosos da época, começou a maquinar um plano em como tirar a vida daquele que ousava desafiar um sistema religioso, amparado por um império que dominava mais da metade do mundo; e logo começaram os ataques e as pegadinhas de pessoas infiltradas em suas reuniões com o intuito de elaborarem uma acusação, a exemplo, o dia em que conseguiram dizer que Jesus se intitulava o rei dos judeus, ou o próprio Deus, a ponto de mudar certas leis (João 5:18).

E assim, Instaurou-se uma sucessão de perguntas e muita pressão, e a mais perigosa de todas as perguntas foi exatamente aquela que questionava um dos maiores motivos entre outros, de tamanha revolta, o IMPOSTO. Alguns que se infiltraram, e Jesus sabia que estavam ali, faziam perguntas que pudessem se transformar em provas para incriminá-lo.

Os herodianos chegaram com jeitinho de “amigos”, e depois de elogiarem e massagearem o ego de Jesus perguntaram se era lícito pagar imposto a César ou não. Jesus depois de chamá-los de falsos e hipócritasrespondeu: Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Jesus não quis misturar a questão, mas orientar sobre a responsabilidade quetemos em cumprir as determinações da lei; Ele mesmo, quando questionado sobre tributo, mesmo não concordando, e não querendo deixar que tal atitude criasse polêmica, mandou Pedro pescar um peixe e tirar da boca dopeixe o dinheiro para pagar o imposto dos dois (Mt. 17:24-27) e (22:16-22).

Meus leitores, os anos passam e o mundo se moderniza, mas a vida continua encenada pelas mesmas questões que envolvem opiniões, decisões, escolhas e obrigações à nós que vivemos em sociedade. Compete a cadacidadão não azedar os seus dias, mas ter o bom senso e a civilidade dequem vive em uma democracia, respeitando as leis, as instituições e a vontade da maioria, e assim podermos viver sem ranço, ódio ou qualquer tipo de sentimento que nos brutalize ou nos descaracterize como filhos deDeus, ou àqueles que são ateus, que não nos desumanize a ponto de sermos estranhos a nossa própria espécie.

Jesus nos pede: Darmos ao homem o que é do homem, mas a Deus o que é de Deus… ao homem a obediência às leis, desde que não firam princípios sagrados, sendo leis que nos regem para uma convivência justa, e a Deus acima de tudo o amor, que segundo Paulo é o cumprimento de toda alei de Deus (Romanos 13:10.)

Deus abençoe a todos!

Pr. Paulo Guilherme

Igreja Quadrangular– Monte Castelo

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