A prática precisa acompanhar a teoria
“Assim, se você me considera companheiro na fé, receba-o como se estivesse recebendo a mim.” (Filemom 17)
Filemom aparentemente afirmou várias vezes que Paulo é seu “companheiro”, ou seu “amigo”. Talvez ele até tenha ficado orgulhoso, em certo sentido, pelo fato de ser companheiro do grande apóstolo dos gentios.
“Companheiro” significa: “Alguém envolvido com outra pessoa. Participante, sócio, acompanhante, que segue junto no mesmo caminho e tem o mesmo direcionamento, a mesma disposição”.
Agora Paulo se aproveita dessa confissão de Filemom para interceder por Onésimo: “Se você me considera seu companheiro, então aceite Onésimo de volta, pois eu também o aceitei; e, acima de tudo, ele foi aceito pelo Senhor”. É o que a Bíblia nos ensina em Tiago 1.22: “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando vocês mesmos”. Quantas vezes afirmamos coisas em nossas orações que têm um significado amplo:
- Afirmamos ter um coração sincero, “de todo o coração”, e justamente com referência ao nosso coração conseguimos ser tão melindrosos e falsos.
- Afirmamos nossa total disposição para o reavivamento, dizendo: “Senhor, reaviva primeiramente a mim!”, mas carregamos ciúmes e inveja em nosso coração.
- Afirmamos nossa plena disposição para o trabalho: “Queremos te seguir de coração!”, mas servimos muito mais a nós mesmos do que ao Senhor.
- Afirmamos nossa disposição em sermos aproveitados em qualquer missão, para qualquer obra, mas vivemos na comodidade e desprezamos qualquer empenho que não nos agrade.
- Muitas vezes usamos palavras pomposas, afirmamos nosso amor ao próximo, mas não desejamos que o outro consiga progredir.
- Será que estamos dispostos, quando formos requisitados, a colocar em prática nossas afirmações sobre nossa fidelidade, amizade, amor e fraternidade? Ou continuamos enganando a nós mesmos?
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