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Lauro Leite, homem de letras e de lutas, um dos pioneiros da Rádio Assembleia do Maranhão

O poeta, radialista e jornalista Lauro Leite foi um dos precursores da Rádio da Assembleia Legislativa do Maranhão


Ao completar 62 anos na semana passada (dia 23 de julho), me veio à mente a lembrança forte de uma figura inesquecível: Lauro Leite, um dos amigos fraternos que conquistei ao longo de minha vida. Poeta, dramaturgo, radialista e jornalista, Lauro Leite é o autor de diversas obras, entre as quais “Maslenitsa” e “Moacyr e Ambrósio”.
Muito recentemente, encontrei nos guardados de meu arquivo pessoal uma reportagem antiga, que escrevi no mês de dezembro de 1987, acerca do lançamento de “Os filhos de Dom Quixote”, uma coletânea de poemas inéditos do autor.
Nascido a 19 de dezembro de 1937, Lauro Leite chegou aos 50 anos de idade em 1987 com uma vasta experiência dedicada ao jornalismo, ao rádio, à poesia, à crítica e à dramaturgia. Na reta final das comemorações pela passagem de seus 50 anos, ele foi homenageado com um emocionante recital de poesias, no Teatro Artur Azevedo, promovido por iniciativa de artistas, intelectuais, amigos e admiradores.
Ao receber uma justa homenagem, Lauro Leite ganhou o reconhecimento de ser um profissional profundamente engajado na vida cultural do Maranhão. Já nessa época, ele reunia uma série de obras nos campos da poesia e do teatro. Seus trabalhos não obedeciam a normas ou rigores cronológicos porque, como ele próprio explicava, “foram escritos em momentos diversos”.
Com uma veia poética extraordinária, sua contribuição literária está registrada nos livros de poesia “Letra fria / sentir” (1967), “⁠Moacyr e Ambrósio” (1971), “⁠Primeiro movimento de fuga” (1973), “Corpo gasto” (1977), “⁠Os filhos de Dom Quixote” (1987) e “Discurso essencial” (1992).
Para o teatro, Lauro Leite escreveu “Teossex” (1972), “⁠A quinta noite da madame” (1981), “⁠Maslenitsa” (1987), “⁠Missa de sétimo dia” (1988), “⁠O Cristo anunciado” (1988) e “Luzia Luz” (1991). E começou a escrever um romance sobre a trajetória de Jovita, uma jovem que lutou na guerra do Paraguai.
Como jornalista, Lauro Leite trabalhou em diversos periódicos e em praticamente todas as redações dos jornais que na época circulavam em São Luís. Foi também professor de Química e Biologia, a partir de um bacharelado em Química, e graduou-se também em Odontologia, profissão que exerceu por muito pouco tempo.
Como radialista, ele foi linha de frente de uma geração que mudou radicalmente o conceito de rádio no Maranhão. Além disso, no prédio antigo da Rua do Egito, foi um dos precursores da Rádio Assembleia, juntamente com Luís Vasconcelos, Cunha Santos e Othelino Filho. Lauro Leite faleceu em São Luís, aos 78 anos, num sábado difícil de esquecer: 8 de outubro de 2016.

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