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Herbert de Jesus Santos, jornalista e escritor, fala de suas propostas como candidato a vereador por São Luís

Herbert de Jesus Santos, jornalista, poeta e prosador, fala de suas propostas como candidato a vereador por São Luís


O jornalista Herbert de Jesus Santos (egresso do Curso de Comunicação Social da UFMA), poeta, prosador, compositor, pesquisador e folclorista, nasceu na Madre de Deus, que considera “A Capital do Estado de Espírito de São Luís”, e onde, estudante do Liceu, foi militante em movimentos socioculturais e começou sua lida pela preservação das preciosidades culturais da Urbe.
Também, compositor, é ligado a agremiações carnavalescas, quanto à Turma do Quinto, e foi dirigente da União das Escolas de Samba e do Pirata do Samba, de São José de Ribamar, campeão, em 1979, com samba-enredo da sua autoria, Maravilhas de São José de Ribamar, passando para o Grupo A, em desfile em São Luís, com que, dentre outros benefícios ao município, recebeu o Título de Cidadão Ribamarense, em 2016, por indicação do ex-vereador Francisco Moraes (Chicão) e encaminhamento da então vereadora Valberlena Moraes.
Possui prêmios jornalísticos e literários, numa carreira que começou, em 1983, com Uma Canção Para a Madre de Deus (poemas), seguida de Um Dedo de Prosa e Bazar São Luís: Artigos para Presente e Futuro, estes dois, de crônicas, vencedores em primeiro lugar, respectivamente, em Concurso do Sioge (1984) e da Secma (1987).
Em sua bibliografia, há mais prêmios literários, como: A Segunda Chance de Eurides (novela, 2007), Serventia e os Outros da Patota (contos, 2008) Ofício de São Luís: Bernardo Coelho de Almeida, Coração em Verso e Prosa (jornalismo literário, 2009). Ostenta na sua estante ainda: Quase Todos da Pá Virada (contos, 1993); São Luís em PreAmar, poesia, 2005); Antes que Derramem a Lua Cheia (crônicas, 2010); e Um Terço de Memória, Entre Anjo da Guarda e Capela de Onça, e os Heróis do Boi de Ouro (A História de Fato e de Direito do Bairro Anjo da Guarda, 2011). Diversos títulos estão no ineditismo e em andamento, na falta que fazem os concorridos certames literários.
Na condição de candidato a vereador por São Luís, abrigado no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Herbert concedeu esta entrevista:
JP – O que o motivou a ingressar a na política partidária e a disputar uma das vagas na Câmara de São Luís?
Herbert – Em 40 anos de jornalismo, tive oportunidade de publicar reportagens tratando dos setores em que a Cidade mais precisava das providenciais gestões públicas, notadamente no JP Turismo (semanário do Jornal Pequeno), com que a população teria ganhos substanciais, se efetivadas: Educação (escolas em bons prédios, com bibliotecas) Saúde (com hospitais funcionando a contento), Centro Histórico (com seu acervo arquitetônico conservado), Turismo (com sua potencialidade de indústria sem chaminé), transporte público confortável (com cobrador e passagens mais baratas), mercados e feiras (asseados e com alimentos saudáveis e baratos), e sem o melhor resultado esperado em situações observadas, como na via-crúcis que se verifica, diuturnamente, em postos de saúde para a consulta e o atendimento.
Por essas e outras páginas, fui elogiado em livros pelo jornalista Euclides Moreira Neto e o poeta Alberico Carneiro, porém com poucos bons sucessos. Daí por que cheguei à conclusão de que a Câmara Municipal seria o campo mais certeiro para lutar pelos benefícios que a Cidade e sua população carecem!
JP – Que propostas pretende levar à Câmara de São Luís?
Herbert – Independentemente de cores político-partidárias, que fosse formada comissão para averiguar se estivessem sendo realizadas obras que o prefeito (re)eleito houvesse massificado, em sua campanha, no palanque eleitoral, na zona urbana ou rural; destacar da tribuna, se em andamento; denunciar, se não, configurando propaganda enganosa; ou forçando o chefe do poder executivo municipal a praticar o bem-comum proposto por ele no pleito eleitoral.
O povo ludovicense merece que seja adotado esse sistema de vigilância em seu favor! Uma outra comissão específica, com acompanhamento de arquitetos, engenheiros-civis e técnicos do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), para vistoriar prédios restaurados ou precisando dessa intervenção no Centro Histórico, que nos concedeu o Título de Patrimônio Cultural da Humanidade, em 1997, via Unesco, para servir mais quanto atrativo para o Turismo rendoso, e tentarmos deixá-lo o mais preservado possível para as gerações porvindouras! Fiscalizar trabalhos e medidas do prefeito, por dever de ofício, sem retaliação ou simples perseguição, se configurará numa nova iniciativa da vereança, que será digna de aplausos da Cidade agradecida! Em suma, insuflar as leis com mais prioridade ou precisão para o maior beneficiário, cortando pela raiz o mal das supérfluas; no mínimo, se rejeitaria as com texto medíocre, eivado de erros, qual os que nos são informados.
JP – Como tem sido essa nova experiência de utilizar a Internet, redes sociais ou de sair de casa em casa, pedindo votos?
Herbert – Não resta a menor dúvida de que vivemos a era de ter em mãos uma ferramenta imprescindível para a resolução de problemas que requerem resultados imediatos. Ninguém, em sã consciência, poderá dizer que irá muito longe sem ela! No entanto, na minha concepção, sem menosprezar o velho e bom tete a tete ou num corpo a corpo (mesmo com confronto de opiniões).
No ensejo, nesta campanha eleitoral, pedindo voto, de porta em porta, estou revisitando bairros queridos, como o Anjo da Guarda (do qual, sou um dos criadores) e Madre de Deus (do meu nascimento), e os centrais. Nos chamados núcleos elitistas, nada que não haja acesso facilitado desde os tempos das boas reportagens para os matutinos, e foram muitas! Estou me valendo bem do uso da solicitação do voto ao celular dos eleitores conhecidos.
JP – Qual a sua impressão sobre o cenário global da atual fase da campanha para vereador e prefeito de São Luís?
Herbert – Estava torcendo para que o cenário global nesta campanha, envolvendo as figuras dos candidatos a vereador(a) e a prefeito(a), se estabelecesse melhor, em nível de propostas e debate. Ledo engano!
Lamentavelmente, com suas honrosas exceções, estamos assistindo à mediocridade avançando mais, e num vale-tudo abusivo, como um candidato a cargo majoritário pavoneando, na sua publicidade, que ninguém havia pavimentado, e com asfalto da melhor qualidade, tantas vias em nossa Capital. A bem da verdade, até hoje, nenhum prefeito de São Luís foi maior que o Dr. Jackson Lago, três vezes eleito e nas três avaliado como o melhor do Brasil.
Deu um salto quantitativo e qualitativo formidável na Educação; estruturou, ampliou e democratizou os serviços públicos de saúde, com diversas unidades descentralizadas e dois Socorrões de suporte para a Ilha e o Estado inteiro; fez obras de saneamento, de drenagem superficial e profunda, contribuindo para a redução da mortalidade infantil em significativos 54%; implantou asfalto da melhor qualidade por São Luís inteira (ele fiscalizava onde o benefício era aplicado), não distinguindo se Anjo da Guarda ou Calhau; a coleta de lixo foi consideravelmente ampliada e o Aterro Sanitário da Ribeira implantado; inovou com o Orçamento Participativo, a Bolsa-Família Municipal de um salário mínimo, as Brigadas de Vacinação, o Hospital da Criança, a Transrural, o Salva-Vidas nas Praias, a Guarda Municipal; participou da conquista São Luís – Patrimônio Cultural da Humanidade; construiu o Residencial da Jânsen, na Ilhinha – São Francisco, eliminando palafitas insalubres da Lagoa da Jânsen; construiu o belíssimo Museu e Praça de Eventos Maria Aragão, único projeto urbanístico de Oscar Niemeyer no Nordeste brasileiro; implantou o Circo da Cidade Nélson Brito (infelizmente, extinto) ; recebeu prêmios de reconhecimento nacional, como o Prêmio Prefeito Amigo da Criança.
Em entrevista ao Jornal Pequeno, em 2005, Jackson Lago enumerou: “Quando assumimos, só encontramos 16 mil alunos matriculados, em janeiro de1989, em escolinhas de péssima qualidade, com professorado desestimulado e baixos salários. Fomos trabalhando e deixamos o primeiro mandato já com 46 mil alunos, criando mais 30 mil vagas. No segundo mandato, subiram para 79 mil alunos. No começo do terceiro mandato, que exercemos por um ano e três meses, deixamos quase 30 escolas em construção, e fizemos cerca de três mil casas!”
JP – Por fim, tem algo mais que lhe ocorre dizer sobre esta sua campanha?
Herbert – Antes, devo dizer que outro médico, Costa Rodrigues (Antônio Euzébio da), foi, em diversos pontos, até agora, a meu ver, o segundo melhor prefeito de São Luís, reconhecido como tocador de obras na Capital e até em Ribamar. Neste ínterim, peço a maior atenção das autoridades competentes para isso: tenho uma eleitora, filha de uma figuraça relevante na vida cultural da Madre de Deus, e de São Luís, por extensão, que, há pouco, me disse apavorada que perguntaram para ela por quanto eu estava pagando cada voto, sinal de que esta ação nefasta campeia, desvirtuando o processo eleitoral, e que assim o TRE se manifeste, coibindo esse deslize perigoso para o exercício pleno da democracia, a eleição dos melhores candidatos. Pelo meu lado, vou lutar muito para termos de volta bens culturais: o CAJ (Centro de Artes Japi-Açu, fundado pela mestra Rosa Mochel, quando secretária municipal da Educação, em 1972, que, no Diamante, capacitou centenas de jovens em diversos cursos profissionalizantes; O Circo da Cidade Nélson Brito (onde eram desenvolvidas diversas atividades artísticas); a Galeria de Arte Nagy Lajos; e o ressurgimento Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís (Prefeitura).
Há pouco, um movimento entusiasmado pelo poeta Luís Augusto Cassas sustou a destruição do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, não se sabendo aonde foi parar a sua Biblioteca Poeta Ferreira Gullar com milhares de títulos. Finalizaria com um pensamento de Margaret Thatcher, quando primeira-ministra britânica: “A democracia não é um sistema para garantir que os melhores sejam eleitos, mas, sim, para impedir que os ruins fiquem para sempre!”

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