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João Castelo: Um lutador sem pausa

João Castelo morreu aos 79 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no dia 11 de dezembro de 2016


Completam-se neste sábado (11) cinco anos do falecimento de João Castelo, ex-prefeito de São Luís e ex-governador do Maranhão. Acossado por uma impiedosa diabete, Castelo morreu no pleno exercício do mandato de deputado federal, no dia 11 de dezembro de 2016, em uma UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Político inquieto, movido por uma impressionante dedicação à política, Castelo não se concedia pausas para descanso, mesmo na fase em que começou o agravamento de seu delicado estado de saúde. Aos 79 anos de idade, ele trabalhou até o último dia de vida.
Filho de Maria Antonieta Cruz Ribeiro Gonçalves e de Thales do Amarante Ribeiro Gonçalves, João Castelo nasceu no município de Caxias em 19 de outubro de 1937. Era técnico em administração registrado no respectivo Conselho Federal e foi assistente de gabinete do então prefeito Carlos Vasconcelos em São Luís até ser efetivado como funcionário do Banco da Amazônia S.A. (Basa) em 1956, chegando a ocupar uma de suas diretorias antes de ingressar na política.
Quando faleceu, Castelo estava no seu quinto mandato de deputado federal. Antes disso, tinha sido prefeito de São Luís, além de governador do Maranhão e senador pelo referido estado.
Filiado à Arena, elegeu-se deputado federal em 1970 e 1974 e graças ao sistema de eleições indiretas foi escolhido governador do Maranhão em 1978 pelo presidente Ernesto Geisel cuja opção evitou um confronto entre as facções arenistas de José Sarney e Nunes Freire. Como titular do Palácio dos Leões enfrentou greves e manifestações estudantis na capital do estado contra o aumento das passagens de ônibus num movimento que culminou com o anúncio da meia-passagem.
Com a extinção do bipartidarismo ingressou no PDS e por esta legenda foi eleito senador em 1982. Na sucessão do presidente João Figueiredo, votou em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985 embora o vencedor tenha sido Tancredo Neves numa chapa onde José Sarney era vice-presidente e este assumiu o Planalto com a doença e morte do titular.
Lançado à oposição, o PDS elegeu a esposa de Castelo, Gardênia Gonçalves, à Prefeitura de São Luís no mesmo ano, embora o próprio João Castelo tenha perdido a eleição para governador em 1986 numa disputa com Epitácio Cafeteira.
Em 1989 ingressou no PRN apoiou a candidatura vitoriosa de Fernando Collor à Presidência da República e dele recebeu apoio para voltar ao governo do Maranhão em 1990, entretanto foi derrotado por Edison Lobão em segundo turno.
Filiado a partidos que antecederam o PP, foi derrotado ao disputar um mandato de senador em 1994 e a Prefeitura de São Luís em 1996. Após migrar para o PSDB perdeu novas eleições à prefeitura da capital maranhense em 2000, 2004 e 2012 e para o Senado em 2006. Por outro lado foi eleito deputado federal em 1998, 2002 e 2014 e prefeito da capital maranhense em 2008.
No final do mês de outubro de 2016, João Castelo sofreu um infarto em seu apartamento, em São Luís. Viajou para se submeter a uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Não resistiu à operação, teve falência múltipla dos órgãos e faleceu na manhã de domingo, 11 de dezembro de 2016.

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