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Secretário garante que Via Expressa não atingirá igreja e cemitério do Vinhais Velho

O secretário de Estado da Infraestrutura, Max Barros, disse na tarde de hoje (14), durante participação no programa do jornalista Jorge Aragão, na rádio Mirante AM, que as obras da Via Expressa não atingirão a igreja e o cemitério do Vinhais Velho.

“A construção da Via Expressa não vai atingir a Igreja de São João Batista, que é o único ponto na área tombado pelo patrimônio histórico estadual, e muito menos o cemitério. As obras vão passar a certa distância destes locais e os mesmos vão ser preservados”, garantiu Max Barros.

Em relação a demolição das 40 residências no Vinhais Velho, o secretário disse que o governo do estado está em negociação com as famílias para a desapropriação. Na área afetada, existem ainda cerca de 280 famílias da Vila Kubanacan bem como as 50 famílias da Vila 25 de Maio e Vila Progresso que serão atingidas pelas obras.

No bairro do Vinhais Velho a maioria das casas possuem grandes áreas, com nascentes de águas no fundo e uma diversidade de árvores frutíferas como juçarais, mangueiras, buritizais, além dos manguezais e o patrimônio histórico, que também está ameaçado pelo avanço da Via Expressa.

A comunidade do Vinhais Velho é a segunda comunidade mais antiga do Maranhão, fundada em 20 de outubro de 1612. Na área existe a secular Igreja de São João Batista (que completou 399 anos); o cemitério do Vinhais Velho – construído no século 18; um porto – construído no Governo Newton Belo (1961-1966); a escola Municipal Oliveira Roma, além de diversas fontes e reservas naturais que abastecem a comunidade e servem como atrativo turístico.

Os moradores da região protestam contra o valor das indenizações oferecidas pelo governo do Estado. Segundo eles, estão muito aquém do valor de mercado. Os mesmos reivindicam da Sinfra que os ouçam, para que eles apresentem uma alternativa à atual concepção do projeto da Via Expressa.

Na área habitam 600 famílias, num contingente populacional de aproximadamente 3 mil pessoas, em local remanescente de aldeamento indígena. Parte das famílias complementa sua renda com atividades como pesca, extrativismo de caranguejo e coleta de frutas.

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