Incrível a disposição da governadora Roseana Sarney quando o assunto são festas e badalações. Basta chegar o período de Carnaval e de Festas Juninas para que a filha do senador José Sarney saia do esconderijo, participe de todas as comemorações e assuma suas funções de chefe do executivo estadual – mesmo que seja por alguns dias.

Por outro lado, quando está em questão governar, Roseana não demonstra o mesmo vigor. Ausente dos eventos do seu governo e das rotinas administrativas, deixando a cargo dos seus auxiliares, a justificativa para a sua inapetência/inoperância é sempre a mesma, a doença que lhe acomete. Numa tentativa de vitimização, fazem questão inclusive de ressaltar as dezenas de cirurgias pela qual já passou (total de 22, até agora). E o retrato, dessa forma, não podia ser outro: uma gestão pífia e vergonhosa, totalmente estagnada, inoperante e desastrada. O resultado de tamanho despreparo e incompetência da governadora é o caos instalado em todos os setores, principalmente na saúde, segurança e educação, causando muito sofrimento, dor e angústia a população.

Mas em se tratando, pois bem, de festas, causa espécie o comportamento da governadora, parece outra pessoa, leva a impressão de encarnar outro personagem. É enérgica, viril, atuante; canta, dança e cai na folia… Nem de longe parece aquela Roseana governadora mórbida, apática e desanimada para administrar o Estado.

Prova de que gosta tanto de festança e farra foi o dinheiro doado dos cofres públicos, cerca de R$ 10 milhões do povo maranhense, a escola carioca de samba Beija-Flor, para serem torrados em um desfile de poucas horas na passarela. Enquanto isso, no vértice da realidade o estado amarga os piores indicadores sociais e a população padece de fome, com a falta de serviços básicos. Para a festança Roseana é uma, animada, alegre e sorridente; para trabalhar é outra, doente, indisposta e mal-humorada.

Qual das duas você prefere?

Fotos: kamaleão