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Representante da ditadura de Cuba se encontra com o ditador do Maranhão e fala mal da democracia

Pensem bem: qual é o assunto que mais irrita um ditador ou seus asseclas? Ora, a democracia, não é mesmo? Foi o que se viu hoje. Leiam o que informa Rosa Costa no Estadão. Volto em seguida:

Ao sair hoje de uma audiência com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e irritado com a pergunta sobre quando haverá eleições diretas em seu país, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, sugeriu que se fizesse a mesma pergunta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Não sei se lhe ocorreu a ideia de perguntar a Obama sobre isso”, afirmou, tendo ao lado um segurança da embaixada, que tentava afastar os jornalistas. Rodriguez decidiu aproveitar os poucos minutos que passou no Senado para criticar os Estados Unidos. “Tenho muitas opiniões como são (as eleições) nos Estados Unidos, em que um deputado e um senador custam vários milhões de dólares e para ser presidente (da República) tem de ser multimilionário”, afirmou.

Ele respondeu que em seu país tem, sim, eleições “a cada cinco anos”, referindo-se provavelmente à eleição de delegados municipais que irão compor a assembleia-geral do Partido Comunista, como ocorre há 49 anos desde que o grupo de Fidel Castro assumiu o comando do país. “Você conhece seguramente como são as eleições no Reino Unido, por exemplo, em países do Caribe e em outros lugares”, disse o chanceler, tentando passar a ideia que o procedimento é o mesmo que ocorre em Cuba.

Voltei

Nada como um encontro de ditaduras, não é? Rodrigues deve ter contado a Sarney como a turma dos homicidas Irmãos Castro conseguiu fabricar um fabuloso atraso em Cuba. Sarney deve ter relatado a sua própria experiência ao companheiro. Fidel chegou ao poder em 1959, há 52 anos. Sarney é o manda-chuva no Maranhão há menos tempo: só 46… Fez-se governador em 1965.

Cuba e Maranhão têm outra coisa em comum além da ditadura: tanto a ilha como o estado não exibem condições naturais adversas, que sejam um desafio ao desenvolvimento. Ao contrário: elas são até bem favoráveis. Tanto num lugar como no outro, o desastre é meticulosamente provocado pelos homens.

Depois de 52 anos de “fidelismo”, Cuba está entre os países mais atrasados da América Latina; Depois de 46 anos de “sarneyzismo”, o Maranhão é “o” estado mais atrasado do país — que exibe, por exemplo, o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

E só para que o delinqüente Rodrigues não fique sem uma resposta objetiva, contábil: de 1959 até hoje, os EUA tiveram 11 presidentes diferentes; Cuba, apenas dois (na prática, um); dos 11, cinco eram republicanos, e seis, democratas (incluindo Obama). Por Reinaldo Azevedo na Veja)

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