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Professores e alunos da Uema questionam uso de prédio no Reviver pelo Iphan

Por Valquíria Ferreira (JP)

Professores e alunos do Curso de História, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), protestaram no final da tarde de ontem (27), alegando que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ocupa indevidamente um prédio em ruínas, situado na Rua da Estrela, n° 309, no Projeto Reviver – Centro. Cerca de 50 manifestantes usaram carro de som para divulgar, à sociedade, que o imóvel foi cedido no final do ano passado para o Curso de História.

De acordo com o Diário Oficial do Estado do Maranhão, publicado no dia 14 de dezembro do ano passado, a cessão de uso gratuito do imóvel foi concedido ao curso de História, pelo período de quatro anos, pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplan). No entanto, na tarde de ontem, o Iphan fez o lançamento da pedra fundamental da Casa do Tambor de Crioula do Maranhão, que irá funcionar no local. “Essa manifestação é um repúdio à ocupação das ruínas pelo Iphan. Esse casarão ruínas foi doado à Uema para a expansão do Curso de História. Não aceitamos perder o prédio que conseguimos após vários anos de luta”, declarou Ana Lívia Bonfim Vieira, coordenadora do Curso de História, da Uema.

A universidade solicitou o prédio em ruínas, localizado ao lado do prédio do Curso de História, que está em reforma, no ano de 2009; porém, conseguiu legalmente o espaço somente em dezembro de 2011. “O prédio é nosso, não se pode ocupar o que é alheio. Queremos enfatizar que o Curso de História não é contra a cultura popular, apenas queremos o que é nosso por direito”, relatou o professor Alan Kardec Pacheco (História/Uema). “O Iphan sugeriu que ocupássemos o prédio ao lado. No entanto, ele é particular e custa mais de R$ 1 milhão, e isso não é viável, já que temos um que foi cedido pelo Estado”, completou.

Na próxima segunda-feira (30), a coordenação do Curso informou que vai ingressar na Justiça com uma ação de reintegração de posse, com o intuito de garantir o espaço para ampliação do ambiente de ensino e aprendizagem.

Outro lado – Por volta das 17h, horário marcado para o lançamento da pedra fundamental, a reportagem do Jornal Pequeno tentou ouvir a superintendente do Iphan, Kátia Bogéa, mas foi informada que ela só estaria no local às 18h. Porém, a redação do JP avisa que o espaço está liberado para que o órgão faça os esclarecimentos que achar necessário.

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