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Orçamento do gov. Roseana tem R$ 53 milhões para propaganda e R$ 11 mil Pesca

Ao falar, hoje, 22, na última sessão do ano legislativo, o deputado Marcelo Tavares afirmou que o Orçamento é um indicativo das prioridades do Estado e que poderia ter sido melhorado na sessão da última quarta-feira se assim os deputados quisessem valorizar as prerrogativas do Poder Legislativo. Segundo Tavares, o Projeto de Lei Orçamentária/2012 do governo do Estado apresenta graves defeitos.

Marcelo referiu-se a emendas que foram rejeitadas como a que dobrava os recursos previstos para a agricultura. “’Como o Maranhão pode se desenvolver se não é dado o apoio devido ao setor primário? A agricultura do Maranhão terá menos recursos que a propaganda oficial”, lamentou.

Tavares apresentou uma emenda ao orçamento aumentando em R$ 30 milhões os recursos para a área da Agricultura. Para o deputado, o Maranhão é o Estado que tem mais pessoas trabalhando na agricultura, o que é reconhecido pela própria governadora Roseana Sarney.

Ele estranha que o setor agrícola vá custar ao Governo, em 2012, R$ 49 milhões, enquanto o setor de comunicação tem uma previsão de custos de R$ 53 milhões e a Casa Civil vá custar ao Estado R$ 100 milhões. “É por isso que o Maranhão continua sendo o Estado mais pobre da Federação. É por isso que a Educação e a Segurança do Maranhão, para citar apenas essas duas áreas, deixam muito a desejar’, argumentou Marcelo.

De acordo com o líder da Oposição, o Orçamento do governo do Estado para 2012 é uma proposta para os ricos, para beneficiar as empresas que financiaram a campanha da governadora Roseana. “Este não é um orçamento que atenda a média do povo maranhense. É um orçamento que atende aos interesses das grandes empresas que contribuíram para a campanha eleitoral de Roseana”, assinalou.

Outro setor que segundo Marcelo foi desprezado no orçamento do ano que vem foi o setor pesqueiro. O Maranhão, segundo Marcelo, tem o segundo maior litoral do país e para a atividade pesqueira estão previstos recursos de apenas R$ 11 mil. “Só a Secretaria de Saúde vai ter quase R$ 2 bilhões para gastar em 2012 e a Secretaria de Saúde gasta muito mal”, afirmou.

O deputado Bira do Pindaré (PT) também protestou contra a rejeição da emenda que fortaleceria a pesca. “R$ 11 mil, para o fortalecimento da cadeia produtiva, isso é impossível! Não compra uma canoa equipada para a pesca. Portanto, é preciso que se faça correção. Estou propondo que considerando que o Maranhão tem o segundo maior litoral do Brasil. Que o Maranhão tem mais de 130 mil pescadores e que o Maranhão tem 05 Bacias Hidrográficas com rios piscosos, eu proponho R$ 3 milhões, para investimento na área de pesca”, condenou.

Na área da educação a emenda de Bira rejeitada fortaleceria a Universidade Estadual do Maranhão. “Estamos propondo que seja incrementado o orçamento para as reformas prediais da UEMA, dos municípios de Bacabal, de Balsas, de Caxias, de Imperatriz, de Pedreiras, de Pinheiro, de Santa Inês, de São Luís e de Zé Doca, estamos propondo R$ 4 milhões, para reformas prediais, equipamentos importantes para nossa Universidade Estadual”, disse.

Segundo Marcelo, o Maranhão continuará sendo pobre enquanto essa ótica de valorizar o que não tem importância prevalecer. “Alguém acreditou nas palavras do senador José Sarney em seu discurso na Fiema quando o senador disse que as terras do Maranhão não prestavam. Foi sua filha, porque retirou todos os recursos da agricultura do Estado. Pelo menos ainda existe quem acredite em Sarney”, ironizou.

No final, o parlamentar revelou “um sentimento de decepção com a maneira apequenada como a Assembléia Legislativa enxergou a agricultura do Maranhão”.

Alexandre e Edilázio somem durante votação da Uema para Timon

A emenda 249/11 ao orçamento do governo do Estado, apresentada pelo deputado Luciano Leitoa (PSB), que propunha a destinação de R$ 5 milhões para a estruturação da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), na cidade de Timon, foi rejeitada.

Segundo Luciano Leitoa, a emenda se justifica pelo fato de a Uema funcionar na cidade de Timon em uma escola do governo do Estado, que tem orçamento mensal de R$ 1.500. “É um valor muito baixo para manter a escola no tocante a Universidade Estadual que funciona nessa escola em péssimas condições. Peço essa Emenda na importância que Timon tenha, de fato, uma estrutura própria da UEMA”, solicitou.

No plenário, Leitoa conclamou o apoio dos deputados que tiveram uma votação no município de Timon para a aprovação da emenda. Na avaliação do parlamentar do PSB, esta era uma forma dos mesmos de poder retribuir os votos obtidos na cidade.

“Por isso peço o apoio, principalmente, de cada um dos deputados votados em Timon como, por exemplo, o deputado Alexandre Almeida (PT do B), Edilázio Jr. (PV), Roberto Costa (PMDB), Eduardo Braide (PMN) e Zé Carlos (PT). Eu acho que o Alexandre, que é o Presidente da Comissão de Orçamento, não vai votar contra uma emenda tão importante como essa da cidade que deu a ele metade da sua votação, que em Timon teve 9.562 votos; o Deputado Edilázio teve 12.486 votos; e o Eduardo Braide 309 votos na cidade de Timon”, apelou Luciano Leitoa.

De acordo com Luciano Leitoa o funcionamento da Uema em Timon, em sua plena capacidade operacional, é de fundamental importância para o desenvolvimento do Estado do Maranhão, uma vez que possibilitaria solidificar o vínculo da população timonense com a cultura do maranhense.

No entanto a emenda foi rejeitada pelos deputados governistas, contando apenas com os votos favoráveis dos deputados Marcelo Tavares, Rubens Júnior, Bira do Pindaré, Gardênia Castelo, Zé Carlos, Eliziane Gama, Neto Evangelista, Carlinhos Amorim. Os deputados Alexandre Almeida e Edilázio Júnior, misteriosamente, se ausentaram no momento da votação.

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