Notas Rápidas
Impasse com Pedro Lucas
Em um movimento de aproximação com o Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), vem acumulando divergências com outros integrantes da cúpula do União Brasil a respeito da participação do partido no governo Lula e dos rumos que a legenda deve tomar na eleição de 2026. Do lado oposto, o presidente da sigla, Antônio Rueda, e o primeiro-vice, ACM Neto, defendem uma postura mais distante do governo. Na disputa interna mais recente, o parlamentar indicou o líder do União na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, para ser ministro das Comunicações, mas a cúpula do partido, o que inclui Rueda, ACM Neto e boa parte dos deputados, quer mantê-lo como líder. A ideia é evitar uma guerra pela liderança na Câmara.
Continuar como líder
Davi Alcolumbre articula para que Juscelino Filho, que deixou a pasta das Comunicações, seja escolhido líder na Câmara, mas deputados resistem. Ele saiu do governo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por desvios em emendas. Deputados dizem que não faria sentido Juscelino ser afastado do governo, mas ocupar lugar de destaque na liderança. Nomes como os dos deputados Mendonça Filho (PE), Damião Feliciano (PB) e Moses Rodrigues (CE) chegaram a ser apontados como alternativas para o posto. Apesar disso, integrantes da legenda dizem que o melhor caminho é convencer Pedro Lucas a desistir do governo e continuar como líder.
Outros fatores
Há ainda outros fatores que pesam. A pasta das Comunicações é hoje vista como um prêmio menor, porque foi esvaziada de parte de suas atribuições. A parte regulatória fica com a Anatel, enquanto grande parte dos investimentos dependem de um fundo gerido pelo BNDES. Ações como a concessão de emissoras de rádio e TV não têm atualmente mais o apelo de outrora. Além disso, o futuro ministro ficaria menos de um ano no cargo, pois teria de se desincompatibilizar no início de abril, para disputar a eleição de 2026. Não haveria muito tempo, portanto, para deixar alguma marca.
Brandão ao Senado
A maior parte dos 27 governadores tem como plano A para o ano que vem buscar candidaturas ao Senado. A opção é citada por 13 chefes de Executivos estaduais, entre eles o governador do Maranhão, Carlos Brandão(PSB), de acordo com reportagem da Folha de São Paulo. O jornal inclui também Claudio Castro (PL-RJ), Renato Casagrande (PSB-ES), Helder Barbalho (MDB-PA) e Ibaneis Rocha (MDB-DF). O contingente poderá aumentar se outros três governadores que alimentam projetos presidenciais desistirem e optarem pelo Senado como um plano B: Eduardo Leite (PSDB-RS), Ratinho Jr. (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União-GO).
Dino presidente
O deputado federal Duarte Jr.(PSB) defendeu que o ministro do STF, Flávio Dino seja candidato à Presidência da República na eleição de 2026. Questionado se Dino seria um bom nome para suceder Lula no próximo ano, Duarte respondeu: “Com certeza, pra já, o Brasil precisa, eu já faço campanha”, disse o deputado em entrevista ao MyNews.
Julgamento Bolsonaro
Um dos ministros do STF mais atacados por Jair Bolsonaro e seus seguidores, Flávio Dino deve presidir a Primeira Turma quando o ex-presidente for julgado por tentativa de golpe de Estado. Termina em outubro o mandato do atual presidente do colegiado, Cristiano Zanin. Pelo sistema de rodízio entre os integrantes da turma, será a vez de Dino assumir o comando. Inicialmente, ministros do Supremo tinham expectativa de realizar o julgamento final do grupo de Bolsonaro entre agosto e setembro deste ano. Agora, fontes do tribunal consideram a possibilidade remota. O prazo estimado é que o primeiro núcleo da denúncia sobre a trama golpista seja julgado a partir de outubro. Com Dino na presidência da Primeira Turma, o processo deve ser agendado para julgamento o mais rapidamente possível, assim que for liberado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Nos debates sobre a trama golpista, Dino e Moraes têm votado de forma alinhada.
FPM bloqueado
Nesta semana, os municípios brasileiros receberam uma nova parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Entretanto, 23 municípios brasileiros estavam bloqueados para recebimento do recurso. A maioria dessas cidades está localizada no estado do Rio Grande do Sul, que conta com cinco municípios impedidos. Entre as cidades do Maranhão, apenas Loreto, administrada pelo prefeito Germano Coelho (Republicanos), não recebeu o FPM.
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