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No Maranhão, empresa de enlatados constrói hospital, denuncia Simplício

Por Nadja Rocha

O deputado federal Simplício Araújo (PPS-MA) disse, nesta terça-feira, que a denúncia que comprova a existência de uma rede de corrupção envolvendo a contratação de empresas prestadoras de serviço no hospital universitário da Universidade do Rio de Janeiro é uma mostra do “descalabro” na área de saúde em todo o país. “Essa denúncia é apenas uma pequena ponta desse imenso iceberg, que a corrupção na saúde pública”, avaliou Araújo.

De acordo com o parlamentar, se a reportagem do programa “Fantástico”, da TV Globo, veiculada domingo passado, percorresse o país comprovaria a existência de esquemas fraudulentos para desviar dinheiro público em todos estados.

Ele citou como um dos exemplos “gritantes” o estado do Maranhão, onde mais de R$ 1 bilhão foi aplicado, irregularmente, em construção de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Além de contratar sem licitação, Simplício informou que uma das empresas contratadas pela Secretaria de Saúde, a HW, não tem nada a ver com construção civil.

“Pasmem, uma firma que vende enlatados está construindo unidades de atendimento no Maranhão”, informou o deputado.

Araújo disse que o governo do estado também não vem realizando licitação para celebrar contratos de gestão de unidades hospitalares. “São mais de R$ 3 bilhões jogados na lata do lixo. Infelizmente, não trazem nada de positivo para os indicadores do Maranhão”, criticou. Recentemente, os deputados Simplício Araújo e Domingos Dutra (PT-MA) percorreram vários municípios para ver a situação em que se encontram unidades de saúde.

“Vimos de tudo: construções abandonadas, postos de saúde sem pessoal para atender à população e até uma jumenta buchuda – talvez aguardando atendimento – pastando tranquilamente no quintal de um hospital”, ironizou o parlamentar.

Ministério Público

O deputado federal Simplício Araújo (PPS-MA) promete ingressar com representação no Ministério Público pedindo a abertura de inquérito contra a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e o secretário de Saúde, Ricardo Murad, por improbidade administrativa. A ação se baseará em irregularidades encontradas no Programa Saúde é Vida.

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