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Mulher doa rim para chefe e acaba demitida durante recuperação

Caso aconteceu nos Estados Unidos. Debbie e Jackie foram operadas e voltaram a trabalhar na mesma época. Debbie diz que teve problemas na recuperação e que precisou faltar uns dias porque não estava bem.

Um escândalo nos Estados Unidos. É a história de uma mulher que doou um rim para ajudar a chefe, que estava muito doente. Só que a doadora foi demitida. Agora, ela luta por reparação na Justiça.

Nem mesmo um rim foi capaz de salvar o emprego da norte-americana Debbie Stevens, de 47 anos. Ela, que trabalhava na Atlantic Automotive Group, uma empresa bilionária do setor automotivo em Long Island, Nova York, doou o órgão para a ex- chefe, Jackie Brucia, mas acabou sendo demitida pouco tempo depois.

“Eu decidi me tornar uma doadora para a minha chefe e ela destruiu o meu coração. Eu não queria que ela morresse. Senti como se estivesse dando à ela a vida de volta”, afirmou Debbie, em entrevista ao jornal NY Post.

Jackie Brucia (na foto) é acusada de ter demitido a funcionária logo após a doação do rim

Debbie Stevens não consegue esconder a revolta. Ela é divorciada e mãe de dois filhos.

No fim de 2010, Debbie resolveu doar um de seus rins para salvar a vida da ex-chefe dela. Jackie Bruscia, diretora da empresa, estava muito mal e no fim da lista nacional de transplantes. As duas não eram compatíveis.

Então, Debbie doou o rim para outro paciente para que Jackie pudesse avançar de posição na lista e fazer logo a cirurgia. Foi o que aconteceu.

Debbie e Jackie foram operadas e voltaram a trabalhar na mesma época. Debbie diz que teve problemas na recuperação e que precisou faltar uns dias porque não estava bem. Segundo ela, foi aí começaram os problemas.

“Ela gritava comigo, me censurava, me tratava mal na frente dos colegas de trabalho.” Mas em vez de ouvir ‘obrigada’, Debbie ouviu de Jackie: “você está demitida”.

A ex-funcionária entrou na Justiça contra a ex-colega e contra a empresa. A empresa divulgou um comunicado dizendo que Debbie foi tratada de forma correta e que ela está se aproveitando de um gesto de generosidade para fazer reivindicações sem sentido.

Debbie responde: “‘Não vou deixar que essa história toda traga arrependimento por ter salvo uma vida. Não vou”, afirma ela.

Reclamação

Debbie enviou uma reclamação formal à Comissão de Direitos Humanos do Estado de Nova York, afirmando que a chefe a usou para garantir a doação e depois a demitiu.“Ela começou a me tratar muito mal, de forma desumana depois da cirurgia. É como se ela tivesse me contratado apenas para pegar meu rim”, afirmou a mulher para o site ABC News.

Em junho de 2010, Debbie deixou a empresa e se mudou para Flórida. Em setembro, ela retornou para Nova York e decidiu fazer uma visita ao ex-trabalho. Em conversa com Jackie, descobriu que sua ex-chefe estava tendo dificuldades para encontrar um doador de rim.

“Ela disse que tinha um possível doador, um amigo ou algo assim. Mas eu disse que se algo acontecesse eu poderia doar o órgão para ela”, afirmou Debbie. Meses depois, a mulher voltou a morar em Nova York e Jackie aceitou contratá-la de volta.

Após dois meses, em janeiro deste ano, a chefe de Debbie afirmou que o rim havia sido rejeitado e, dessa forma, ela precisaria de outra doação. Como o órgão de Debbie também não era compatível com o da chefe, a mulher fez a doação para outro pessoa. Dessa forma, Jackie foi a próxima na lista de transplantes.

Jackie recebeu o órgão de um doador de São Francisco, na Califórnia, e as duas passaram a se recuperar das cirurgias. Debbie relata que teria, inclusive, retornado antes do previsto para o trabalho, mesmo sentindo certas dores causadas pela cirurgia.

Demissão

Quando retornou ao escritório, no entanto, Jackie passou a atormentar a funcionária, segundo relata o NY Post. Doente, Debbie ficou ausente do trabalho por três dias e quanto retornou foi demitida pessoalmente pela chefe. “Você não pode vir e sair quando quiser. As pessoas vão pensar que você está recebendo tratamento especial”, teria dito Jackie, segundo declaração de Debbie à imprensa local.

Em entrevista à rádio 1010 WINS-AM, Jackie se defendeu e afirmou que sempre será grata à mulher pelo rim doado. “Eu não tenho nada ruim para falar dela. Sempre serei grata, ela fez algo muito bom para mim”, afirmou.

Hoje, Debbie processa a empresa e alega que Jackie costumava humilhá-la publicamente quando percebia supostos erros da funcionária.

(Com informações do Bom Dia Brasil e Opera Mundi)

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