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Propina Odebrecht: Grupo político de Sarney tinha o codinome “Bob Marley”

O grupo político do ex-presidente José Sarney (PMDB) é citado nas delações dos executivos da Odebrecht como beneficiário de recebimento de propina relativa à obra da Ferrovia Norte-Sul, executada pela empreiteira e conduzida pela empresa pública Valec Engenharia, vinculada ao Ministério dos Transportes.

O nome de Sarney aparece três vezes em inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. De acordo com as delações de Pedro Augusto Carneiro Leão Neto e João Antônio Pacífico Ferreira, pessoas ligadas a Sarney receberam entre 2008 e 2009 cerca de 1% sobre o contrato da obra, representado por Ulisses Assad, diretor de engenharia da Valec.

Os pagamentos para o grupo de José Sarney, via Ulisses Assad, foram operacionalizados em dinheiro na cidade de Brasília, tendo esse sido designado sob o codinome “Bob Marley“, certamente em referência à terra natal de José Sarney, o Maranhão, onde predomina o ritmo reggae. As informações do pagamento (senha e local) foram repassadas por Pedro Leão diretamente para o próprio Ulisses, em seu gabinete na Valec.

Os depoimentos que envolvem Sarney serão enviados à Justiça Federal de Goiás, onde já há apuração sobre a Valec.

O projeto da Ferrovia Norte-Sul, que liga Anápolis (GO) a Palmas (TO), foi iniciada no governo de José Sarney. Mais de 20 anos depois, o projeto foi ampliado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, ele prevê ligar Açailândia, no Maranhão, até Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

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