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Fundação José Sarney não age de acordo com o que prega

Com o intuito de preservar o legado e se manterem ativos nas discussões e propostas sobre políticas públicas, os ex-presidentes da República encontram nos institutos e fundações que criam ao deixar o poder uma forma de continuar em voga. Os recursos para manter essas entidades provêm de parcerias com outras organizações, do Brasil e do exterior, de isenções fiscais, recursos públicos, doações, além de projetos financiados pela iniciativa privada.

As entidades são uma forma de continuar atuando politicamente, de forma suprapartidária, propagando experiências vitoriosas no Executivo, mas amparados por um caráter institucional que esses institutos e fundações passam a lhes dar. Nos casos de Lula e Fernando Henrique Cardoso, muito desse trabalho se dá, ou dará, no âmbito internacional com países latinoamericanos e africanos, já que ambas entidades, de forma geral, têm como foco as discussões de políticas públicas e aproximação com nações desses continentes.

No entanto, apesar de terem um objetivo nobre, ao menos no papel, nem todas agem de acordo com o que pregam. É o caso da Fundação José Sarney, criada em 1990, e estatizada no mês passado pelo governo do Maranhão.

Esta é, de longe, a mais polêmica de todas as entidades ligadas a ex-presidentes. A fundação foi acusada de desvios de recursos da Petrobras, funcionava em um prédio histórico (Convento das Mercês, fundado em 1654) que foi devolvido ao patrimônio público em 2009 por ordem da Justiça e mesmo depois de extinta ainda recebe pagamentos do governo do Maranhão por aluguel de imóveis.

O governo não diz quanto a estatização custará aos cofres públicos, mas, desde 2009, a Fundação José Sarney recebeu mais R$ 626 mil pelas locações. Os últimos pagamentos datam de novembro de 2011. De acordo com o texto da lei que oficializou a estatização, Sarney pode indicar integrantes do conselho curador, que tem poder de veto em questões relativas ao patrimônio. Apesar de contatos por email e telefone, a secretaria de Educação, responsável pela estatização, não deu resposta. (Com informações do Jornal do Brasil)

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