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Choque de realidade

O programa eleitoral da coligação ‘Pra fazer muito mais’, liderada pelo prefeito João Castelo, apresentado no início da tarde de ontem deve ser repetido mais vezes até as eleições. Desta vez, o candidato não se limitou a expor suas obras e realizações, mostrou o absurdo estado de calamidade em que se encontravam as principais avenidas quando assumiu a Prefeitura. São Luís era uma cidade simplesmente intrafegável.

Um choque de realidade para convencer aqueles que acreditam que o povo não tem memória de que não havia nada de mais urgente a fazer em São Luís que recuperar grande parte de suas vias, até mesmo para garantir o sagrado direito de ir e vir da população. Como estavam, aquelas avenidas destruíam ônibus, automóveis e todos os meios de transportes terrestres possíveis e imagináveis.

Apoiado num discurso envelhecido e destoante, o governo do Estado tem o desplante de ocupar o horário eleitoral gratuito para dizer que fez muito por São Luís nestes quatro anos enquanto a Prefeitura fez pouco ou quase nada. Como diz o velho ditado, a mentira tem pernas curtas e o retrato de uma cidade cercada de crateras por todos os lados, sob as vistas do governo e da administração municipal anterior, começou a ser exposto publicamente. O prefeito admite que ainda há muito o que fazer no que tange à reurbanização da cidade, mas garante que o programa de pavimentação não vai parar e a recuperação asfáltica vai chegar aos bairros e conjuntos habitacionais aonde ainda não chegou. Não se tem motivos para duvidar.

Essa era a vida numa cidade de grande vocação para o turismo: lama, buracos, crateras, abismos nas principais avenidas, longos canais entupidos de coliformes fecais e bactérias abertos ao público, intransitável do aeroporto até o centro, do aeroporto até o Calhau, Olho d’Água, do aeroporto até qualquer lugar. E quem voltaria a ser turista numa cidade assim?

(JM Cunha Santos)

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