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Cantor diz que governo Roseana não deu apoio a Joãosinho Trinta

O secretário de Estado de Cultura, Luis Bulcão, disse que poucas pessoas foram ao velório do carnavalesco Joãosinho Trinta porque o mesmo era mais popular no Rio de Janeiro do que no Maranhão. Bulcão declarou ainda não ver problema na quantidade de pessoas. “Em enterro de celebridade tem muita hipocrisia. Eu prefiro a verdade, senão continuamos fantasiando e ele não vai mais fantasiar”, comentou.

O cantor, compositor e percussionista maranhense José de Ribamar Viana, o Papete, usou sua página no facebook para comentar as declarações de Luis Bulcão.

Em relação à declaração de Bulcão de que Joãosinho era mais carioca que maranhense, Papete Viana afirmou que era difícil declarar-se maranhense devido a imagem manchada do Estado dada as atitudes e práticas dos seus políticos (referindo-se a família Sarney) como também aos baixos indicadores sociais e econômicos, no qual o Maranhão amarga as últimas posições. “As maracutaias rasteiras da política local com alcance nacional e toda a mídia negativa de que goza nosso Estado por aí…”, completou.

Papete disse ainda que no longo tempo que está à frente da Secretaria de Cultura, Bulcão não deu apoio ao trabalho de Joãozinho Trinta. “Jamais convidou Joãosinho Trinta a prestar apoio, consultoria ou mesmo auxiliar diretamente no que fosse preciso para a melhoria dos mais variados aspectos da cultura maranhense”, criticou.

Veja abaixo a íntegra do comentário feito por Papete Viana na rede social.

Sobre Joãosinho Trinta, li aqui no Facebook que o Secretário de Cultura do MA Luis Bulcão declarou que o ilustre falecido era mais carioca que maranhense, entre outras palavras…, e sobre isso quero dizer o seguinte:

1- Fica muito difícil ao maranhense, mesmo amando sua terra, declarar-se maranhense neste País, devido aos índices estatísticos de I.D.H, os mais baixos do Brasil, as maracutaias rasteiras da política local com alcance nacional e toda a mídia negativa de que goza nosso Estado por aí…

2 – A exemplo de tantos outros famosos ou não, Joãosinho Trinta nem declarou amiúde suas origens publicamente nem tão pouco as renegou, apenas sendo identificado como carioca pelas suas realizações como carnavalesco notável que foi em terras fluminenses, e que jamais se aproveitou de certos momentos como outros o fizeram, para enaltecer o Maranhão oportunamente, a exemplo de uma cantora que o Brasil pensava ser a mesma carioca, com sotaque de malandragem e tudo o mais, até o dia em o Sr. José Sarney se tornou Presidente da República (conveniente, não é mesmo?).

3 – Quanto às palavras do Sr. Bulcão, deveria o mesmo penitenciar-se pelo fato de, ao longo dos muitos anos à frente da Secretaria de Cultura do MA jamais ter convidado Joãosinho Trinta a prestar apoio, consultoria ou mesmo auxiliar diretamente no que fosse preciso para a melhoria dos mais variados aspectos da cultura maranhense, o que aumentaria em muito o desenvolvimento das coisas por lá, realizadas ou por realizar…

Aliás, isso é normal(?) no referido Secretário, em que pese sua formação acadêmica, se observado com relação a outros artistas maranhenses, famosos, reconhecidos e prestigiados nacional e internacionalmente, os quais jamais foram convidados a participar ou ajudar em alguma coisa com relação à cultura local…, orgulho? insegurança? birra político-filosófica? interferência política do sistema ao qual ele serve? Sei lá, tudo é possível…, mas que não se diga coisas que desmereçam um gênio do quilate e importância daquele que revolucionou tudo o que diz respeito às Escolas de Samba brasileiras e tantas outras coisas mais. Que Deus o tenha em seu âmbito de luz e dignidade.

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