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Bira afirma que volta da pistolagem no Maranhão é motivada pela impunidade

A volta da pistolagem ao Maranhão foi o principal tema dos debates da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (24). Os assassinatos dos quilombolas Flaviano Pinto, em 2011 e Raimundo “Cabeça”, no último dia (14), e agora a execução do jornalista Décio Sá confirmam a insegurança total do MA.

Na sessão plenária desta segunda-feira (23) o presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALEMA, deputado estadual Bira do Pindaré (PT), solicitou a realização de uma audiência pública justamente para tratar da pistolagem no MA.


O parlamentar elencou a série de crimes contra a vida que vem aterrorizando toda sociedade maranhense. “A Pistolagem vem vitimando lideranças, camponeses, como foi o caso do povoado Charco, em São Vicente de Ferrer, no final de 2010, a poucos dias, menos de 15 dias, do líder camponês Raimundo Cabeça, no município de Buriticupu, e agora o jornalista Décio Sá”, denunciou.

Todos os casos estão relacionados e revelam a insegurança e a falta de políticas públicas para a área de segurança no estado. De acordo com Bira os crimes no interior do Maranhão e o assassinato do jornalista Décio Sá em plena Avenida Litorânea, em São Luís, são provas cabais da fragilidade do nosso sistema de segurança.

O petista revelou que apesar de nunca ter sido elogiado por Décio Sá, neste momento de dor resta a todos se solidarizar com a família. Ele ainda disse que a sensação de impunidade e a falta de prevenção em relação à segurança pública ajudam a explicar o crime.

“O assassinato do jornalista Décio Sá não pode ficar impune. É preciso que a gente fortaleça o nosso sistema de segurança, pelo menos para inibir, pelo menos nos locais públicos de grande frequência da população as pessoas se sintam, tenham, pelo menos, a sensação de segurança”, protestou Bira.

Eliziane pede acompanhamento do caso

Jornalista de profissão e de paixão, a deputada Eliziane Gama (PPS) lamentou na manhã desta terça-feira (24) a morte do colega Décio Sá, que tinha um dos blogs mais lidos do Maranhão.

A parlamentar se solidarizou com os familiares e amigos do jornalista e pediu que as Comissões de Segurança e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa acompanhem as investigações sobre o caso.

“Entendo que essa Casa precisa ter um papel preponderante no caso da morte do jornalista Décio Sá. A Comissão de Segurança e a Comissão de Direitos Humanos desta Casa precisam acompanhar a investigação deste crime para evitar que a impunidade aconteça”, solicitou.

A parlamentar esteve na noite da ultima segunda-feira (23) no local do crime. Ela disse que o assassinato do jornalista é uma afronta à liberdade de imprensa e caracteriza-se como crime de encomenda.

“Fomos até a Litorânea, chegamos lá e encontramos vários colegas parlamentares e representantes da política do Maranhão. Vi imagens estarrecedoras, vi coisas que não podemos aceitar. A morte do jornalista Décio Sá é uma agressão à liberdade de expressão no Brasil!”, lamentou.

Eliziane Gama enfatizou a necessidade de combater o crime de pistolagem no Maranhão e citou outros casos como a morte do delegado Stênio Mendonça (1997).

“A morte de Décio Sá é caracterizada como crime de encomendada. Os funcionários do restaurante onde ele estava disseram que o autor dos disparos teve uma ação fria diante da vítima. Não podemos aceitar o retorno do crime de pistolagem no Maranhão”, destacou.

Na tribuna, Eliziane Gama comentou ainda a colocação do Brasil no ranking mundial de morte de profissionais da imprensa. “O Brasil estava na 12ª posição mundial por assassinatos de jornalistas, hoje é 11º no mundo. De 1992 para cá mais de 30 jornalistas foram mortos, e boa parte destas mortes são referentes ao exercício da profissão”, destacou.

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