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A vez dos Negros e das Mulheres

Por Antônio de Lisboa Machado Filho *

Ao longo dos últimos 25 (vinte e cinco) anos o mundo tem sido testemunha da ocorrência de mudanças tão profundas cujos efeitos, certamente, não mais retrocederão. Ocorreram em todas as partes, em todos os setores, mudando, para sempre, a vida de todos nós.

Com relação ao Brasil, podemos citar sua inclusão nos patamares mais evoluídos da ordem internacional, o pagamento de nossa dívida externa, empréstimos ao Fundo Monetário Internacional, a redução das desigualdades entre ricos e pobres, programas de transferência de renda, mulheres Ministras de Estado, mulheres no comando de Governos Estaduais – inclusive negras, como Benedita da Silva – e de Prefeituras, como exemplos emblemáticos locais, que, até hoje, ainda podem ser constatados.

Mundo afora, sucessivos Governos de Negros na África do Sul, mulheres no comando da Alemanha, da Indonésia, da Argentina e até recentemente, no Chile. Nos Estados Unidos, nos últimos governos, três mulheres ditaram as regras nas relações internacionais com bastante destaque e decisiva influência internacional – as Secretárias de Estado Madeleine Albright, Condoleeza Rice e, agora, Hillary Clinton –, além de o mundo ver o primeiro negro, Barack Obama, eleito Presidente daquela Nação, tornando-se o homem mais poderoso da Terra, ao lado da elegante mulher negra Michelle.

Hoje, os brasileiros são contemplados com uma mulher na Presidência da República, Dilma Roussef, e um negro – o Ministro Joaquim Barbosa – Presidente do Supremo Tribunal Federal, que assume em novembro de 2012, ambos sucedendo Nordestinos, também sempre discriminados: ela, o pernambucano Luís Inácio Lula da Silva e ele, o potiguar Carlos Ayres Brito. Este fato é inédito na história deste País, pois jamais ocorrera de dois dos Três Poderes da Nação serem exercidos, ao mesmo tempo, por uma mulher e um negro, dois dos segmentos mais discriminados de nossa sociedade hipócrita.

*Advogado, professor de Direito, Atualidades, e Língua Estrangeira.

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