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A troca de acusações de Soliney Silva e o filho dele, prefeito Bruno Silva

Do site do Elias Lacerda – Coelho Neto viu nesta semana mais um capítulo da briga envolvendo o ex-deputado Soliney Silva e o filho, Bruno Silva,  que ele elegeu prefeito em 2020.

Em nota pública, Soliney anunciou que será mesmo candidato a deputado estadual pelo MDB e voltou a disparar críticas contra a administração do filho dizendo ser uma gestão corrupta, nepotista, dentre outros adjetivos negativos.

O prefeito Bruno Silva não deixou barato e atacou o pai dizendo que ele deixou uma herança de processos e desmandos administrativos quando foi gestor do município.

Veja abaixo a longa nota pública de Soliney Silva e em seguida as colocações do filho, o prefeito Bruno Silva:

NOTA PÚBLICA

Eu, Soliney de Sousa e Silva, sirvo-me da presente Nota para informar à população maranhense acerca de minha précandidatura a Deputado Estadual pelo Maranhão, filiado ao partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), ao tempo em que exponho detalhadamente os motivos que me levaram a querer retornar à vida política para representar o povo desse estado.

É de conhecimento geral que o Município de Coelho Neto atualmente é gerido por Bruno Silva, meu filho, eleito prefeito no Pleito de 2020. É de conhecimento geral também que o referido foi eleito em razão de minha influência política e longa carreira na vida pública, tendo em vista que Bruno jamais ocupou qualquer cargo público anteriormente, razão pela qual era um completo desconhecido no cenário político. Assim sendo, o sucesso no pleito já na primeira candidatura somente foi conseguido por Bruno em razão de carregar meu sobrenome e de ter tido meu irrestrito apoio político durante toda a campanha.

Ressalte-se que havia de minha parte a pretensão em disputar as eleições para a Prefeitura de Coelho Neto no ano de 2020, entretanto, em razão de um grave problema de saúde cujos efeitos somente foram amenizados por uma cirurgia realizada em dezembro de 2021, não foi possível a minha candidatura, pois não poderia me doar por inteiro à campanha eleitoral e posteriormente à gestão municipal.

A despeito de não ter sido possível me candidatar, ofereci meu total apoio à candidatura de Bruno, e fiz mais do que estava ao meu alcance para que sua campanha fosse excepcional, o que resultou em sua eleição inquestionável. Com meu filho gerindo o Município de Coelho Neto, onde tive a oportunidade de ser gestor durante dois mandatos, tive a certeza de que com meu apoio intelectual e experiência, caminharíamos para uma gestão de excelência.

Para minha surpresa, entretanto, tão logo assumiu o Poder Executivo, o atual prefeito de Coelho Neto passou a praticar atos questionáveis e em total desacordo com o interesse público, cometendo uma sucessão de erros, o que inevitavelmente levou ao meu rompimento com a sua gestão, mesmo diante do vínculo de parentesco que nos liga.

Citem-se várias irregularidades que são inclusive objetos de matérias recorrentes na imprensa local, tais como a contratação de funcionários fantasmas, a ausência de publicações obrigatórias no Portal da Transparência, ou seja, a prática de uma gestão sem transparência como determina a Constituição Federal, a contratação de empresa que tem como sócio pessoa inidônea, a prática de Nepotismo e a nomeação de pessoas inidôneas e/ou inelegíveis para cargos de suma importância na administração.

Quanto à prática de nepotismo, vale citar como exemplo a contratação de sua esposa Andressa Chaves para o cargo de Diretora do Hospital Municipal, de sua cunhada para o Departamento de Odontologia e a de sua tia Josely Almeida para o cargo de Secretária de Saúde.

A despeito da exceção à Súmula nº 13 do STF quanto à nomeação para cargos políticos, cabe salientar que sempre há a exigência de qualificação técnica para tal, o que não se verificou quando da contratação desta última. Demais disso, há cargos em comissão sendo ocupados por pessoas inidôneas e/ou inelegíveis, tais como o ex-prefeito Raimundo Guanabara, cujas contas foram reprovadas no TCE do Maranhão, e Sérgio Ricardo, secretário municipal que inclusive já fora detido em operação policial que investigava desvio de recursos públicos. Não bastassem todas as irregularidades citadas, os blogs locais dão conta de desvio na ordem de cinco milhões de reais do Fundo do Instituto de Previdência Social do Município. Isso porque quando do fim de minha gestão foi deixado no caixa do Instituto o montante de R$2.592.295,31 (dois milhões quinhentos e noventa e dois mil, duzentos e noventa reais e trinta e um centavos) e o prefeito que antecedeu Bruno Silva diz ter deixado em caixa aproximadamente cinco milhões de reais.

Passados aproximadamente um ano e meio desde que assumiu a gestão municipal, o atual prefeito efetivamente zerou o caixa em questão. Ressalte-se ainda que ao final de minha gestão além do dinheiro deixado em caixa, foram regularizados os parcelamentos dos repasses das contribuições descontadas dos segurados, parcelamento este que foi devidamente autorizado pela Câmara Municipal através da Lei nº 626, de 29 de agosto de 2013.

Prova disso é que o Município conseguiu a Certificado de Regularidade Previdenciária junto ao Tesouro Nacional. Após o desvio, na tentativa de “tapar o buraco” da Previdência, o chefe do executivo municipal encaminhou à Câmara o no dia 13/04/22 o Projeto de Lei nº 010, que reestrutura o Regime Próprio de Previdência de Coelho Neto-MA e sob tal pretexto eleva a alíquota da contribuição previdenciária dos servidores ativos, dos aposentados e pensionistas de 11% para 14%, conforme art. 68 do referido projeto, que foi rapidamente aprovado pela Câmara sem maiores discussões acerca de suas implicações, o que me causou grande perplexidade. Trata-se de manobra cujo único objetivo é aumentar a arrecadação em detrimento dos servidores ativos e inativos que terão seus salários diminuídos e serão prejudicados sem qualquer remorso pelo gestor municipal. Além de todos os problemas aqui narrados que maculam a atual gestão do executivo de Coelho Neto, há aproximadamente um ano venho passando por um grave problema familiar.

Inicialmente, firmei contrato de compra e venda de um imóvel comercial localizado em Teresina com a firma da esposa de Bruno Silva, Andressa Chaves. Por força do ajuste ficou acertado que o valor da transação seria pago através de 48 (quarenta e oito) cheques sucessivos e mensais, sendo o primeiro cheque com vencimento em 26.03.2021. Entretanto, no dia 12 de março de 2021, ou seja, 14 dias anteriores ao vencimento do primeiro cheque, fui retirado fraudulentamente da administração da empresa que controla o patrimônio familiar, em uma manobra cujo mentor foi Bruno Silva, com o objetivo de me destituir do controle do patrimônio que construí arduamente durante a vida e de impedir a minha candidatura e retorno à vida política.

Diante da minha retirada como administrador vitalício da empresa, a Sra. Andressa Chaves, ilegalmente, sustou os cheques dados em pagamento. A despeito deste ato sórdido, após buscar judicialmente a anulação da fraude, venho tendo provimentos favoráveis, sendo o último deles o acórdão exarado nos autos de nº 0811297- 83.2021.8.10.0000 que tramita junto ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão. Portanto, são inúmeras as irregularidades que desabonam a conduta do atual prefeito de Coelho Neto, o que vem resultando em diversas denúncias levadas diuturnamente ao conhecimento do Ministério Público e na abertura de Inquéritos investigativos, o que é constantemente noticiado na mídia local.

A despeito de Bruno Silva ser meu filho e do vínculo de afetividade que inevitavelmente nos liga, jamais irei compactuar com seus desmandos com a coisa pública, razão pela qual, inclusive, peço ao membro do Ministério Público que, como autoridade competente para tal, investigue com afinco principalmente o desvio de finalidade dos recursos do Fundo do Instituto de Previdência, evitando mais prejuízos ao erário. Finalizo a presente nota assegurando que apesar da gravidade de todos os acontecimentos aqui narrados, estes me fizeram ainda mais aguerrido para formalizar minha pré-candidatura junto ao MDB e posteriormente concorrer a um cargo político pelo estado do Maranhão, oportunidade na qual, de antemão, peço o apoio de todos aqueles que me conhecem e confiam na minha experiência e comprometimento com a coisa pública.

Abaixo a postagem na rede social de Bruno Silva

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