93% dos brasileiros torcem para que Lula faça um bom governo e 34% acreditam que corrupção vai aumentar, diz pesquisa Genial/ Quaest
O país saiu dividido das eleições presidenciais, mas um consenso une os brasileiros daqui para frente: a torcida para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça um bom governo. É o que mostra a pesquisa “O Brasil que queremos”, da Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira. De acordo com o levantamento, 93% dos brasileiros desejam que Lula se saia bem em seu terceiro mandato como presidente da República. Uma minoria, de 5%, fará torcida contra. E 1% não soube responder.
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Pesquisa “O Brasil que nós queremos” — Foto: Genial/Quaest
A Quaest fez entrevistas presenciais domiciliares com 2.005 brasileiros de todo o país entre 3 e 6 de dezembro e trouxe um termômetro de como os brasileiros estão enxergando os primeiros passos de Lula após a vitória. A maioria (41%) diz que o petista está se saindo melhor do que o esperado nas preparações do novo governo. Entre os surpresos há até eleitores de Jair Bolsonaro (PL): 14% dos brasileiros que votaram no candidato derrotado à reeleição admitem que Lula está indo bem.
Para 24%, o governo de transição de Lula está abaixo das expectativas. Os que acham que não está sendo nem melhor e nem pior do que esperado somam 14%. E 21% não souberam opinar. Veja:
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Transição do governo Lula é bem avaliada — Foto: Genial/Quaest
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Lula agrada até uma parcela de eleitores do presidente Jair Bolsonaro — Foto: Genial/Quaest
A Quaest perguntou aos entrevistados sobre a demora de Lula para anunciar o novo ministro da Fazenda, queixa que tem sido frequente principalmente entre quem atua no mercado financeiro. Mais da metade da população vê algum problema no atraso da divulgação do nome: 36% dizem que é um “grande problema” e 16%, um “pequeno”. Mas 42% não acham que essa demora seja uma questão.
O nome mais cotado para ocupar o cargo é o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), que foi ministro da Educação nos governos PT e representou Lula em eventos recentes com empresários.
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Lula tem sido alvo de críticas por não anunciar o titular da Fazenda — Foto: Genial/Quaest
Expectativas para o próximo governo
Embora 93% brasileiros torçam para que Lula faça um bom governo, quase metade (47%) acha que o presidente eleito terá mais conflitos com o Congresso — o que, se concretizar, pressupõe mais dificuldades com a governabilidade.
Antes mesmo de assumir, o petista tem se empenhado para garantir uma base na Câmara e no Senado nos próximos quatro anos. Por isso, decidiu apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara, ex-aliado de Bolsonaro, e abrir conversas com MDB, PSD e União Brasil. Lula se mostra disposto a ceder parte dos ministérios em troca de apoio desses partidos no Congresso.
Para 46% dos entrevistados, Lula terá menos embates com o Supremo Tribunal Federal (STF), instituição que foi atacada por Bolsonaro nos últimos quatro anos.
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Brasileiros acham que Lula terá mais conflitos com Congresso — Foto: Genial/Quaest
A pesquisa Genial/Quaest mostra, ainda, um otimismo dos brasileiros com relação à melhora da imagem do Brasil no exterior. Somam 43% os que têm essa expectativa. Outros 29% acham que a imagem do país vai piorar e 19% dizem que ficará igual.
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Para maioria, imagem do Brasil no exterior vai melhorar — Foto: Genial/Quaest
34% dos brasileiros acreditam que corrupção vai aumentar
Uma nova pesquisa Genial/Quaest, feita com entrevistas presenciais domiciliares em todas as regiões do país e obtida com exclusividade pelo Pulso, revela que, para 34% dos brasileiros, a corrupção vai aumentar no terceiro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
No entanto, um percentual bem próximo, de 28%, acredita que os desvios nos cofres públicos ficarão em níveis iguais ao cenário atual do governo do presidente e candidato derrotado à reeleição, Jair Bolsonaro. Para quase um terço dos entrevistados (30%), a corrupção vai diminuir na nova administração do PT. São 8% os que não souberam responder. Foram ouvidas 2.005 pessoas entre os dias 3 e 6 de dezembro na pesquisa “O Brasil que queremos” feita em parceria com o Banco Genial. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Veja o gráfico abaixo.
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O resultado final do segundo turno, com placar em votos válidos de 50,9% para Lula contra 49,1% de Bolsonaro, revelou um país rachado ao meio na polarização que marcou toda a campanha. Pouco mais de um mês depois da votação, chama a atenção o percentual dos 28% que preveem um cenário igual de corrupção daqui em diante. Em tese, essa população se afasta da profunda divisão entre lulistas e bolsonaristas nos meses eleitorais uma vez que não aposta numa queda ou aumento da corrupção após o retorno do PT ao poder. A campanha de Bolsonaro investiu muitas de suas fichas no discurso de que a volta de Lula seria o retorno da corrupção ao Brasil.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 61% entendem que os crimes contra o dinheiro público vão aumentar, mas 20% acham que ficará tudo igual. Entre os que votaram em Lula, 33% acreditam que a corrupção não vai mudar, enquanto 48% apostam em um governo sem escândalos. Veja os números completos abaixo:
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A pesquisa Genial/Quaest tem nível de confiança de 95% e margem de erro estimada em dois pontos percentuais para mais ou para menos. (O Globo)
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