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Líder de gangue conhece Jesus na prisão: “Era como se o Espírito Santo falasse comigo”

Igreja não é lugar para os perfeitos, mas para os que erram e precisam de esperança, diz Mathew Durkin.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA WKYT

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Hoje cristão, Mathew Durkin testemunha: “Meu passado é o meu passado. Sou outra pessoa agora”. (Foto: Reprodução/WKYT)
Hoje cristão, Mathew Durkin testemunha: “Meu passado é o meu passado. Sou outra pessoa agora”. (Foto: Reprodução/WKYT)

Líder de gangue, violento, defensor de causa supremacista, marcado com 187 tatuagens no corpo, condenado a 26 anos de prisão. Estas eram algumas das características que faziam de Mathew Durkin um “mostro”, como ele mesmo se autodenominava.

Mergulhado em uma vida de crimes, Mathew começa a ter sua história transformada quando conhece Jesus na prisão, após ser evangelizado. “Era como se o Espírito Santo estivesse falando comigo”, testemunha.

Quando estava com 16 anos, a mãe de Mathew foi assassinada, tragédia que contribuiu para que o jovem se entregasse ao mundo do crime e da violência.

“Eu não queria lidar com a dor. Ela era minha melhor amiga”, explica Mathew, que se revoltou contra aquela perda e começou a se envolver com as piores pessoas de sua comunidade.

Pouco tempo depois, o jovem estaria mergulhado nas drogas. Sem pensar no futuro, abandonou a escola, jogando fora duas bolsas de estudo que lhe garantiam praticar beisebol. Logo Mathew seria um homem perigoso. “Eu era considerado um dos piores dos piores no estado de Ohio”, lembra.

Chance de transformação

Por causa da vida criminosa com a qual se envolveu, Mathew foi condenado a três anos e meio de prisão por tráfico de drogas. “Mas acabei pegando 26 anos seguidos porque, enquanto estava na prisão, juntei-me a um grupo de supremacia branca, chamado Irmandade Ariana”, conta.

Mathew passou a liderar aquela gangue, formada na década de 1960 e ainda considerada uma das mais antigas e mortíferas do país. Ele conta que antes de ser o líder sofreu uma espécie de lavagem cerebral, que o fez acreditar na causa da raça branca. “Eu comecei como um soldado e trabalhei até me tornar o chefe deles”, explica.

Das 187 tatuagens em seu corpo, muitas delas são racistas e foram feitas enquanto estava preso.

Foi também atrás das grades que Mathew viu sua vida passar por outra transformação. Na prisão de Toledo, teve seu chamado para ser um cristão por meio de um homem que lá esteve para falar com os presos. O ex-líder do grupo criminoso conta que era como se o Espírito Santo estivesse falando com ele.

Mathew conta que naquele dia entendeu que sua vida não deveria mais ser a de um criminoso. “Eu simplesmente desisti [daquilo]”, disse. A partir dali sua história teria um novo rumo.

Família

Quando saiu da prisão, conheceu a mulher que se tornaria sua esposa. Juntos passaram a frequentar uma igreja.

“Minha primeira reação foi mostrar-lhe amor, para que ele soubesse que era aceito nesta igreja”, disse o pastor Jesse Acosta da River of Life Church of God, em Lexington.

Mathew conta que, pela primeira vez, sentiu-se aceito em um lugar de culto. “Foi a primeira igreja que eu entrei na minha vida. Passei pela porta e ninguém olhou para mim, para aas minhas tatuagens”, lembra.

Sobre sua nova identidade em Cristo Mathew diz: “Meu passado é o meu passado. Sou outra pessoa agora. Eu era um monstro na época, mas [hoje] eu sou um homem incrível”.

Convicto, Mathew assumiu a missão de ajudar outros que enfrentam dores do passado. “Há almas saindo da prisão que precisam de uma pessoa como eu para mostrar que há uma saída”, disse ele. “Você não precisa recorrer às ruas. Você não precisa recorrer à venda de drogas. Há uma saída e o Senhor vai ajudá-lo”.

Mathew diz que a igreja “não é um lugar para ‘pessoas perfeitas’. É um lugar para aqueles que cometeram erros, foram quebrados, pessoas que precisam de esperança”.

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