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Sincericidio – Pr. Paulo Guilherme

Sincericídio

As palavras sempre estão responsabilizadas como o VILÃO pela existência dos nossos desafetos e problemas com filhos, chefes e relacionamentos com pessoas que convivemos. O tom, a forma como se fala sem educação e serenidade, sem medir as palavras e sem observar os conselhos, como já dizia o pensador romano Sêneca, conselheiro de Nero: O que você vai dizer a outra pessoa, antes diga a você mesmo.

A ciência comprova que, o conteúdo de uma linguagem, aliado ao ritmo da entonação, ativa áreas do cérebro como o córtex pré-frontal, responsável pela cognição e memória, e o sistema límbico, no hipotálamo, onde os sentimentos são processados. Portanto, a palavra tem força, gera ação e reação e também emoção. Estamos cercados pela palavra verbal e escrita neste mundo da comunicação interpessoal e afetiva em que vivemos; nesse universo existem aqueles com dificuldades de falar e outros de ouvir.Nessas relações, as palavras muitas vezes vão sair da boca de alguém, sem pensar, e quem falou não tem noção ou dimensão de quão grande efeito causará no outro; e se o que fala não é cuidadoso, mas impulsivo, o efeito é destruidor.

Lembro-me de um fato ocorrido na Bahia, em que um secretário deestado pressionado por resultados na educação, parece-me que, falou que o baiano só sabia tocar berimbau pois tinha uma corda. A repercussão dessa palavra precipitada foi tão destruidora que ele decretou o seu suicídiopolítico, o levando a perder cargos e sofrer a represália dos soteropolitanos indignados com tal palavra desastrosa.

A palavra de Deus está cheia de recomendações em sabedoria para não sermos os geradores de nossos sofrimentos por aquilo que permitimos sair  da nossa boca, e avaliadas pelo nosso Deus como blasfêmias, trazendoresultados devastadores em um plano espiritual, até porque na interpretação de Deus o interlocutor pode estar se permitindo usar-se por força maligna,como aconteceu na passagem do novo testamento, livro de Mateus, capítulo 16, versículos 21 ao 23, momento em que Jesus falava no seu sacrifício e Pedro começou a falar palavras se opondo ao projeto de Deus, e Jesus foi obrigado a repreender Pedro ou a satanás que o induziu àquelas palavras dizendo: Para traz de mim satanás, que me serves de escândalo, porque não compreendes as coisas que são de Deus.

O que falamos é algo tão sério que tem poder no mundo espiritual deabsolvição ou de condenação, segundo nosso Senhor JESUS CRISTO em Mateus capítulo 12: versículo 36 ao 37.E São Tiago recomenda o capítulo 3 de sua carta como alerta e cuidado às consequências devastadorasque existem nas palavras precipitadas e mal colocadas; disse ele que só somos sábios quando aprendemos a controlar nossa língua, se não, nosso SINCERICÍDIO vai incendiar nossa vida até nos matar, consumidos pelo poder das nossas palavras precipitadas, dizendo ele que a língua está posta entre os nossos membros e contamina o corpo inteiro.

Sábio foi o rei Davi, percebeu que as palavras erradas geravam dores e logo pediu a Deus para colocar um guarda em sua boca, para que a porta dos seus lábios tivesse um vigia (Sl.141:3).

Diante de todas essas orientações da palavra de Deus e da própria ciência, não vamos gerar nossos desafetos e criar uma áurea de antipatia, por falta de sabedoria, com aqueles que nos cercam, pois assim teremos noção da hora certa de falar e em que tom. Essas coisas são importantes para evitar maus entendidos e isolamentos sociais ou familiares, por sermos achados imprudentes na hora de verbalizar nossas opiniões.

Que Deus abençoe a todos nós, para sermos prontos para ouvir e tardios para falar, como disse São Tiago em capítulo 1, versos 9 de sua carta.

Pr. Paulo Guilherme

Igreja Quadrangular– Monte Castelo

(98) 9 8111 0198

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