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Doria em São Luís: “vim rever a ex-governadora Roseana, minha amiga de tantos anos”

Na sua estadia em São Luís na quinta-feira, além de receber uma medalha levada por deputados em um hotel (não se deu o respeito de receber na Assembleia Legislativa) e também declarar apoio a Roberto Rocha para governador do Maranhão, o prefeito viajante de São Paulo, João Doria aproveitou sua agenda improdutiva para visitar a amiga de longas datas, Roseana Sarney.

Segundo Doria, Roseana é “amiga de tantos anos” (veja no vídeo acima feito pelo portal AtéHoje) E realmente é. Vamos relembrar um pouco a amizade entre os dois.

Em 1986 o então presidente da República José Sarney (PMDB) nomeou o hoje prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB) presidente da Embratur (estatal de turismo). Segundo reportagem de jornais da época, o TCU (Tribunal de Contas da União) intimou Dória e outros membros da diretoria a devolver aos cofres públicos 6,5 milhões de cruzados. Segundo o TCU Cz$ 3,7 milhões foram pagos irregularmente para a empresa Procon Informática Ltda, além de gastos com mordomias de entidades privadas. Outros Cz$ 2,9 milhões foram pagos à empresa Foco – Feiras, Exposições e Congressos Ltda, sem qualquer controle da verba aplicada.

Na Embratur, João Doria mostrou que é duro na queda. O ministro da Indústria e Comércio, José Hugo Castelo Branco, na época responsável pela Embratur, tinha uma indicação para a estatal, mas o presidente José Sarney não aceitou.

“Muitos falam que Montoro era o padrinho de Doria. Mas, pelo que o ministro José Hugo Castelo Branco contou na época, a indicação de Doria para a Embratur foi do escritor Jorge Amado, amigo de Sarney e do pai de Doria (que tinha sido deputado federal pelo Estado da Bahia)”, conta José Eduardo Guinle, então dono do Copacabana Palace, muito influente na época.

Sarney atendeu Jorge Amado, mas Doria ficou sem sustentação política no comando da Embratur até que se aproximou de Roseana Sarney, que havia se separado de Jorge Murad e estava morando no Rio de Janeiro.

Doria era solteiro e morava (de graça) numa suíte do Caesar Park, em Ipanema.

“Ele se tornou amigo de Roseana, saía com ela, apresentou a amigos e começaram a dizer que Doria estava na Embratur na cota política de Roseana”, conta o empresário.

Na cota de Roseana, Doria foi levando, levando e durou até agosto de 1988 na Embratur, quando denúncias de má gestão e desvio de recursos provocaram a demissão dele na Embratur. A história é contada por Joaquim de Carvalho no DCM.

Portanto, João Doria não podia deixar de vir a São Luís e se encontrar com Roseana. Amizades devem ser preservadas.

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