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Opinião: Um voto na seriedade

Por Antônio de Lisboa Machado Filho*

O General e político francês Charles De Gaulle (1890-1970), que foi um dos mais expressivos comandantes militares dos Aliados, durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se um dos principais Estadistas do pós-guerra. Uma das mais notáveis frases que são atribuídas a ele teria sido dita enquanto visitava o Brasil, em 1962, durante o Governo João Goulart: “O Brasil não é um País sério.” – frase esta que, cada dia mais, assume um caráter atualíssimo, ao mesmo passo que nunca deixou de mostrar aos brasileiros como somos – lamentavelmente – vistos aos olhos da comunidade internacional.

Talvez, para muitos de nós, pouco importe o que estrangeiros pensem a respeito do nosso País, mas a verdade é que toda crítica emitida com sincero racionalismo deve ser recebida como algo necessário à sanha por aprimoramento e como referencial que possamos usar como balizador de nosso processo evolutivo – se é que almejamos alcançar o mesmo patamar das Nações mais evoluídas da Terra.

A tarefa que a cidadania impõe a todas e todos que somos brasileiros, maiores de dezesseis anos, alfabetizados ou não – exceto se conscrito -, é de uma responsabilidade tão grande como, talvez, na história eleitoral desse País, jamais se tenha visto igual. É em nossas mãos que, dentro de sete meses, no dia sete, estará a oportunidade de usar o voto livre, consciente e não contaminado, com o mesmo efeito do diclorodifeniltricloroetano, mais conhecido como DDT, primeiro pesticida moderno, usado durante e logo após a mesmíssima Segunda Guerra Mundial de De Gaulle, para combate aos mosquitos vetores de doençascomo a malária e a dengue.

Entretanto, os artrópodes aqui referidos – e contra os quais deverá ser usado o voto com o efeito neutralizante – serãoalguns (refiro-me aos viciados) dos políticos que já criaram raízes dentro das urnas e, até agora, mostraram-se extremamente nocivos aos interesses coletivos e benevolentes aos particulares – seus e de seus bajuladores. A muitos desses políticos, aliás, o eleitor já conferiu, em vão, inúmeras oportunidades, reelegendo-os sucessivamente sem que os reste como justificar tanta inércia na defesa e na proteção do interesse público e no cumprimento das promessas que conquistaram o voto desse mesmo eleitor. E neste ano, de eleições gerais, temos a chance de apostar em outros ou nos mesmos nomes, mas sempre lembrando que a força e o poder do voto livre são capazes de nos conduzir à vitória, afastando, de uma vez por todas, a velha e incômoda pecha de que o Brasil não é um País sério!

* Advogado, professor, Conselheiro do CEE/MA, ex-Vereador de São Luís

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