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Sarney presidente outra vez? Não é impossível!

A política é mesmo imprevisível. Nesta semana, um sarneisista saudosista saiu trombeteando aos quatro cantos que José Sarney pode ser outra vez presidente do Brasil. Muitos zombaram do assecla da oligarquia, embora ele, mesmo sem saber bem como isso pode acontecer, tivesse razão na sua afirmação. É que o julgamento da ação que pede a cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff presidente e Michel Temer vice começa, muito provavelmente, na terça.

“E o que Sarney tem a ver”, questionaria o leitor. Tal qual aconteceu no ano de 1985, quando Sarney, vice, assumiu o comando do país após a morte de Tancredo Neves, o maranhense teria outra oportunidade de chegar ao posto mais alto da República, sem o voto popular.

A Constituição da República Federativa do Brasil explica. Havendo a cassação da chapa Dilma-Temer, o Parágrafo 1º do Artigo 81 da Constituição define o que tem de ser feito:

Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.”

Nessa hipótese, assim que Temer perdesse o mandato, assumiria o posto por 30 dias o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e se tomarão as providências para a eleição indireta. Deputados e senadores elegerão presidente e vice-presidente para completar o período de quatro anos de mandato: até 31 de dezembro de 2018.

Mas quem seria o candidato nessa eleição indireta? Qualquer pessoa de, no mínimo, 35 anos, no gozo pleno de seus direitos políticos. Ou seja, mesmo José Sarney com a idade avançada, ele, com o apoio do PMDB, poderia perfeitamente se candidatar.

Se seria escolhido pelos deputados e senadores, é outra história. Mas como revelou o entusiasta do ex-senador, é uma possibilidade real, apesar de improvável.

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