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Sai o caviar dos Sarneys, entra o Ninar

Muita coisa mudou no Maranhão desde que o ex-juiz federal e professor universitário Flávio Dino (PCdoB) assumiu a gestão estadual, há dois anos e meio. Avanços obtidos pelo governo Dino nas áreas da educação, infraestrutura e na gestão fiscal ganharam repercussão nacional e o comunista chegou a ser listado entre os cinco governadores mais eficientes do Brasil pelo site de notícias G1.

Mas para atravessar a ponte que separa o Maranhão do passado – fortemente ligado ao poder hegemônico da oligarquia Sarney, que mandou e desmandou em terras maranhenses por quase meio século – do Maranhão com mais justiça social, Flávio Dino teve que por fim a uma série de regalias que vinham sendo praticadas pelos antigos gestores.

Uma das “heranças malditas” mais emblemáticas do governo Roseana Sarney (PMDB), antecessora de Dino, eram os gastos exorbitantes da administração estadual com supérfluos, e um dos símbolos dessa “ostentação” do governo Roseana era a Casa de Veraneio do Calhau, residência oficial de festa dos governadores. Durante a gestão Roseana, parte dos R$ 3 milhões que sua administração gastava anualmente com comidas, bebidas e decorações festivas iam para a Casa de Veraneio.

A partir da próxima terça-feira (4), a Casa de Veraneio e seus banquetes luxuosos ficaram definitivamente nas páginas do passado. Onde antes eram realizadas pomposas festas regadas a champagne e caviar para aliados políticos de Roseana, o governador Flávio Dino vai inaugurar nesta data uma extensão do Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças, a Casa de Apoio Ninar. O local acolherá crianças diagnosticadas com microcefalia e outras patologias neurológicas que necessitem de acompanhamento multiprofissional para reabilitação.

A antiga ‘Casa de Veraneio’, espaço que no passado foi palco de festas do grupo Sarney regadas a muito champagne e caviar, passou uma reforma completa e adequada ao público da Casa de Apoio. O Governo investiu R$ 2.073.154,73 na adequação do espaço e a SES vai investir R$192.842,83, por mês, nos recursos humanos que atuarão na casa. Serão 58 multiprofissionais garantindo cerca de 1.260 atendimentos mensais, distribuídos em 1.560 horas de estímulo às crianças com problemas de neurodesenvolvimento.

Assim que assumiu o governo, em janeiro de 2015, anunciou a suspensão da licitação aberta pela ex-governadora no valor de R$ 1 milhão que previa a compra de lagosta, sorvete, salmão pata de caranguejo e bacalhau do Porto de “primeira qualidade”, e manifestou o desejo em vender o imóvel e destinar o valor arrecadado a uma política social.

No entanto, por estar localizada em uma das áreas de maior valor imobiliário de São Luís, a venda da residência não seria a melhor opção de mercado. Em fevereiro deste ano Flávio Dino bateu o martelo e determinou a criação da Casa de Apoio Ninar para dar uma finalidade social ao imóvel.

“Um espaço que antes que era palco de festas e banquetes, hoje está se tornando uma casa de apoio para famílias de crianças com problemas neurológicos, vindas do interior do Maranhão para fazer tratamento no centro especializado. O que era antes uma casa de poucos, será agora uma casa de todos e para todos”, pontuou Dino.

Como vai funcionar a Casa de Apoio Ninar?

De acordo com o governo do Maranhão, serão 58 multiprofissionais garantindo cerca de 1.260 atendimentos mensais, distribuídos em 1.560 horas de estímulo às crianças com problemas de neurodesenvolvimento. A Casa tem capacidade para abrigar 11 adultos e nove crianças por vez.

No espaço serão oferecidos serviços de hospedagem e alimentação gratuitos nos dias de acompanhamento, oficinas, cursos e palestras aos familiares e profissionais das crianças em tratamento.

A equipe multidisciplinar será composta por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, assistentes sociais, nutricionistas, farmacêuticos, educadores físicos, enfermeiros, psicólogos e psicopedagogos.

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