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PT e PSDB, por razões diferentes, apostam em Haddad no segundo lugar nas próximas pesquisas

Além da cúpula petista, que aposta que Fernando Haddad (PT), no prazo de uma semana, passará ao segundo lugar das pesquisas, os tucanos também avaliam e desejam que esse cenário se confirme. Motivo: o novo candidato do PT pode tirar votos de Ciro Gomes (PDT), principalmente no Nordeste, reduto petista. Aí, além de Haddad ultrapassar Ciro, o pedetista poderia perder intenções de votos numa dimensão que permitiria a Geraldo Alckmin (PSDB) passá-lo, pelo menos numericamente.

A partir daí, os aliados do tucano acreditam que será possível fazer, com mais eficiência, a pregação do voto útil em Alckmin, na linha de que só ele poderia evitar uma vitória de Haddad na eleição. O tucano já está antecipando essa estratégia ao afirmar e repetir que Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno é o passaporte para o PT voltar ao poder, na expectativa de tirar votos de Bolsonaro para o seu campo.

Apesar da desconfiança de muitos analistas, a equipe do PSDB ainda acredita que seu candidato possa crescer em cima de votos de Bolsonaro. As pesquisas internas dos tucanos mostravam, na semana passada, o candidato do PSL perdendo votos. Mas o episódio da facada fez com que ele recuperasse o que havia perdido. E ele teria subido, segundo os tucanos, não com a volta dos votos que vinha perdendo, mas de indecisos, que podem deixar de optar pelo candidato do PSL a partir de um trabalho de desconstrução da imagem dele.

Ou seja, os tucanos ainda apostam numa queda de Bolsonaro, na subida de Haddad e na possibilidade de Alckmin também subir, mesmo pouco, mas o suficiente para ficar no terceiro lugar das pesquisas e chegar nas duas últimas semanas da eleição em condições de chegar ao segundo turno. Essa é uma expectativa do comando da campanha do PSDB, apesar de alguns aliados já estarem começando a ensaiar uma debandada caso Alckmin não reaja.

Entre aliados do tucano, o discurso é que eles estão sim “preocupados, mas ainda não desesperados”. Mas se não houver reação do candidato do PSDB até a semana que vem, aí o clima passará a ser de desespero e risco de abandono da candidatura de Alckmin.

Do seu lado, Ciro sabe que terá de montar uma estratégia para não perder votos para Haddad. Para isso, vai atacar o candidato do PT. Em seu programa na TV e no rádio seguirá com sua campanha baseada em propostas, como a de limpar o nome de brasileiros endividados, mas nos discursos, debates e entrevistas, Ciro vai explorar a linha de que Haddad na Presidência representaria a manutenção do clima de divisão do país e um risco de se repetir o mesmo roteiro de Dilma Rousseff.

Ele já começou a colocar essa estratégia em campo nesta quarta-feira (12), quando disse que o Brasil não aguenta uma nova Dilma Rousseff, a aposta de Lula que não deu certo na Presidência da República. (G1)

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