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PT descarta aliança com o grupo Sarney no Maranhão

O presidente do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, Augusto Lobato, garante que não há mais nenhuma possibilidade de o partido vir a fazer qualquer composição com o grupo Sarney, com vistas às próximas eleições. “A aliança com o Sarney foi muito ruim para o nosso partido no Estado, pagamos um preço muito alto e em troca a oligarquia apoiou o impeachment da presidente Dilma”, afirma Lobato. Ele destaca que, por unanimidade, o Encontro Estadual do PT/MA decidiu pelo apoio à reeleição do governador Flavio Dino. “Sarney nunca mais. Precisamos encerrar esse capítulo da história do Maranhão”, afirma Augusto Lobato, nesta entrevista:

 

Jornal Pequeno – Quais os reflexos da condenação de Lula na sucessão de Flávio Dino?

Augusto Lobato – Do ponto de vista da democracia é ruim para o Maranhão e para o Brasil. Esse julgamento tem se tornado ao longo do processo nada mais que a judicialização da política e uma partidarização do Judiciário. O presidente Lula não cometeu nenhum crime e se tiver que ser julgado que seja julgado pelo povo.

No Maranhão, não vejo uma interferência direta na reeleição do governador Flávio Dino, que sempre esteve alinhado na defesa da democracia e no respeito às leis, e na política sempre esteve do lado da luta pela libertação do nosso povo. E a população reconhece no governador Flavio Dino um defensor da democracia.

JP – Sarney ainda tem influência na direção nacional do PT?

AL – Sarney tem lado e nós temos o nosso. A nossa eleição de presidente do partido, a vinda da presidente nacional do partido Gleisi Hoffman e do presidente Lula ao Maranhão são atos simbólicos que apontam cruamente de que lado estamos. E a aliança com o Sarney foi muito ruim para o nosso partido no Estado, pagamos um preço muito alto e em troca a oligarquia apoiou o impeachment da presidente Dilma.

JP – Ainda há o risco de uma composição do PT-MA com o grupo Sarney, nas próximas eleições?

AL – Não. O campo que me elegeu majoritariamente presidente do partido tomou também a posição de não fazer aliança com o grupo Sarney. Por unanimidade, o nosso Encontro Estadual decidiu pelo apoio à reeleição do governador Flavio Dino. Sarney nunca mais. Precisamos encerrar esse capítulo da história do Maranhão.

JP – O governador Flávio Dino tem feito uma defesa muito enfática do ex-presidente Lula. O que isso significa? O que explica isso?

AL – Ele é um democrata e o partido do qual faz parte, o PCdoB, sempre esteve, desde 1989, nesse projeto de transformar o Maranhão e o Brasil. Temos uma aliança e um sonho que não é só eleitoral, é estratégica para tornar nosso Estado um lugar com “homens e mulheres socialmente iguais, humanamente distintos e livres”.

JP – Qual o projeto político do PT-MA para as eleições de 2018?

AL – O PT tem uma resolução do Congresso, que me elegeu presidente estadual, por unanimidade definiu apoio à reeleição do governador Flávio Dino e reivindicação de participação na chapa majoritária, bem como renovar os mandatos de nossos deputados e ampliação da bancada. Queremos somar de forma protagonista nas mudanças do Maranhão e do Brasil.

JP – E sobre a frente ampla de apoio ao governador Flávio Dino?

AL – Aliança se faz com o diferente e com base em um programa de mudanças, de combate às desigualdades sociais e de enfrentamento com o grupo Sarney. Por isso, estamos construindo uma frente ampla, com todos que queiram enfrentar esses desafios, já que o atraso do Maranhão foi em virtude de uma política marcada pelo fisiologismo, patrimonialismo e nepotismo. Estive em uma reunião com os presidentes dos partidos que dão sustentação ao governo Flávio, e mesmo com as diferenças ideológicas, o sentimento é de que o Maranhão se transforme cada vez mais.

Fonte: Jornal Pequeno e blog Manoel Santos

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