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PT decide não participar da cerimônia de posse de Bolsonaro no Congresso

Derrotado na eleição presidencial com a candidatura de Fernado Haddad , o PT decidiu que as bancadas do partido no Congresso não irão participar da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Em nota divulgada nesta sexta-feira, o partido justifica que faltou “lisura no processo eleitoral”, critica a proibição da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que houve “manipulação criminosa” das redes sociais para difusão de notícias falsas contra seu candidato.

“Não compactuamos com discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação. E não aceitamos que tais práticas sejam naturalizadas como instrumento da disputa política. Por tudo isso, as bancadas do PT não estarão presentes à cerimônia de posse do novo presidente no Congresso Nacional”, diz a nota .

No texto, o PT destaca que o “resultado das urnas deve ser respeitado”  e que sempre reconheceu “a legitimidade das instituições democráticas”. No entanto, diz que protesta contra ameaças do futuro governo a ordem democrática e ao Estado de Direito no país.

“O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios”, diz o texto.

O PT comandou o país durante 13 anos. Foram dois mandatos do ex-presidente Lula e um e meio da presidente Dilma Rousseff, afastada por impeachment em 2016. Lula foi condenado à prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação sobre o tríplex do Guarujá e está preso em Curitiba.

A nota cita também o “ódio” do presidente eleito contra o PT e Lula. O texto é assinado pelo líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (SP), pelo líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), e pela senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido.

“Seguiremos lutando, no Parlamento e em todos os espaços, para aperfeiçoar o sistema democrático e resistir aos setores que usam o aparato do Estado para criminalizar adversários políticos”, conclui, ressaltando que o PT foi construído na “resistência à ditadura militar”.

Resistência
O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, informou também hoje, no Twitter, que a  bancada do partido  não estará  presente na posse de Bolsonaro.

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