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Por eleição direta, 63% querem que Temer renuncie

Michel Temer discursa durante jantar com senadores da base aliada no Palácio da Alvorada
A maioria da população brasileira (63%) é favorável à renúncia do presidente Michel Temer (PMDB) ainda neste ano para que haja eleição direta, apontou a pesquisa do Datafolha.

Segundo o levantamento, 27% dos entrevistados se disseram contra a saída do peemedebista para esse fim, 6% se declararam indiferentes e 3% não souberam responder.

Para que a população vá às urnas e escolha um novo presidente para o mandato-tampão, seria necessário que Temer deixasse o cargo até 31 de dezembro.

Segundo o artigo 81 da Constituição Federal, um novo pleito direto deve ser convocado em 90 dias se os cargos de presidente e vice-presidente ficarem sem titulares.

Do contrário, a eleição é indireta. “Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional”, determina o texto constitucional.

No questionário, o Datafolha expôs resumidamente esse cenário.

“Uma situação em que poderia haver eleição antecipada para a Presidência no Brasil seria em caso de renúncia de Michel Temer até o final deste ano. Você é a favor ou contra Michel Temer renunciar até o final do ano para a convocação de uma nova eleição direta para a Presidência da República?”, perguntou o instituto.

A pesquisa, realizada entre 7 e 8 de dezembro, com 2.828 pessoas de 16 anos ou mais, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

CHAPA

A parcela da população que queria uma nova eleição direta em julho é a mesma que a atual.

Naquela ocasião, o processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) estava em curso. Para que houvesse nova eleição direta, era necessário que tanto ela quanto Temer deixassem os respectivos cargos.

No questionário anterior, o Datafolha perguntou se o entrevistado era “a favor ou contra Michel Temer e Dilma Rousseff renunciarem para a convocação de novas eleições para a Presidência da República ainda neste ano”.

Das pessoas ouvidas pelo instituto à época, 62% defenderam a renúncia de ambos a fim de que se realizasse novo pleito direto; 30% foram contra; 4% não sabiam e 4% se declararam indiferentes.

No Tribunal Superior Eleitoral, tramita uma ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer da eleição de 2014, o que pode provocar a saída do peemedebista do cargo.

O caso, porém, não terá uma definição neste ano. Se o tribunal cassar o peemedebista, haverá uma eleição indireta no Congresso. (Folha de SP)

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