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Polícia Civil desarticula quadrilha de furto de equipamentos e sinal de internet

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) apresentou, nesta sexta-feira (14), na sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), em São Luís, o suspeito de liderar uma quadrilha de furto de equipamentos e sinal de internet. O superintendente da Seic, delegado Carlos Alessandro Rodrigues participou da coletiva.

Seguro os policias que trabalharam na ação, o suspeito Linderson Dourado Alves e outros 12 homens agiam desde 2015. Eles fraudaram redes de internet em pelo menos 25 municípios do Maranhão, incluindo São Luís. Os materiais apreendidos foram estimados em mais de R$ 3 milhões. A prisão é resultado da Operação Dourado, em referência ao nome do suspeito, realizada pela Seic, órgão da Polícia Civil.

O alvo de Linderson Dourado Alves era uma empresa de telefonia na qual trabalhava como técnico de campo e onde recrutou os membros do grupo, todos funcionários e com conhecimento em redes e sistemas de internet.

A quadrilha furtava equipamentos e criava sites para venda de sinal de internet. A polícia apreendeu itens que já estavam instalados nos sites clandestinos como roteadores, antenas, cabos de fibra ótica; placas de slan (valor médio de R$ 10 mil), utilizado para montagem da rede de internet; mais de 90 equipamentos Gbics tipo pen drives (valores entre R$ 1,5 mil e R$ 15 mil), equipamentos usados para desviar o sinal de internet.

Em cada município foi montado um site clandestino, o sinal era comercializado sendo cobrada uma taxa mensal pelo serviço. Em algumas cidades, a exemplo de São José de Ribamar, o número de clientes que adquiriram o serviço com a quadrilha passava dos 700. A quadrilha tinha amplo controle do sinal de internet.

“Eles possuíam um equipamento com capacidade para bloquear o sinal de toda a rede do Norte e Nordeste, caso assim desejassem. Temos informações de que existem mais municípios onde há ligações clandestinas instaladas pela mesma quadrilha”, ressaltou o diretor do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), órgão da Seic, delegado Paulo Carvalho.

A polícia investiga se há conivência dos consumidores, que a princípio, não são enquadrados como suspeitos. “Esses clientes, até onde apuramos, pagavam o preço de mercado pelo serviço de internet, que descartaria alguma vantagem na aquisição do serviço. Mas, a investigação prossegue e vamos apurar a situação de alguns clientes”, enfatiza o delegado.

Linderson Dourado foi detido em São José de Ribamar, onde morava e contra ele havia um mandado de prisão. Foram presos, também, Winderson Junior da Silva, que estava no município de Zé Doca, e Frack Sá, detido em Vitorino Freire. Os três serão encaminhados à Penitenciária de Pedrinhas.

A polícia cumpriu, ainda, 27 mandados de busca e apreensão em vários municípios, dentre eles, São Luís, São José de Ribamar e vários outros nas regiões do Médio Mearim e Baixada Maranhense.

A investigação prossegue e a polícia está empenhada na captura dos outros membros do grupo. Alguns, segundo a polícia, são funcionários da empresa de telefonia. Os suspeitos podem responder por receptação qualificada (por ser item de serviço público), furto qualificado, organização criminosa e estelionato.

Operação

A Operação Dourado, em referência ao líder da quadrilha, iniciou em 2016, após denúncias da concessionária de telefonia sobre furtos de baterias estacionárias. O equipamento custa cerca de R$ 5 mil e a média de baterias furtadas da empresa, no Maranhão, girava em torno de 200 por mês.

Dourado passou a furtar outros equipamentos de instalação de sites enquanto ainda era técnico de campo da empresa, em São José de Ribamar. Durante as investigações, a polícia constatou que o patrimônio do suspeito era incompatível com o poder aquisitivo. A casa era de alto padrão e na garagem havia carros de luxo.A Operação Dourado, em referência ao líder da quadrilha, iniciou em 2016, após denúncias da concessionária de telefonia sobre furtos de baterias estacionárias. O equipamento custa cerca de R$ 5 mil e a média de baterias furtadas da empresa, no Maranhão, girava em torno de 200 por mês.

A operação envolveu 27 delegados, 70 investigadores, escrivães, peritos criminais e técnicos em telefonia da empresa, que colaboraram com as investigações. Os alvos eram sites instalados em subestações clandestinas, montados com equipamentos furtados e ou receptação de operadoras.

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